They say that gossip comes from the devil´s workshop...

Album: Let Them Talk (2011)

Autor: Hugh Laurie

Gravadora: Warner Bros

Gênero: Blues

Track List:

1 - St. James Infirmary 6:25

2 - You Don´t Know My Mind 3:39

3 - Six Cold Feet 4:55

4 - Buddy Bolden´s Blues 3:12

5 - Battle of Jericho 3:47

6 - After You´ve Gone 4:09

7 - Swanee River 2:43

8 - The Whale Has Swallowed Me 3:37

9 - John Henry 3:34

10 - Police Dog Blues 3:33

11 - Tipitina 5:06

12 - Winnin´ Boy Blues 2:59

13 - They´re Red Hot 1:11

14 - Baby, Please Make a Change 4:57

15 - Let Them Talk 4:10

James Hugh Calum Laurie é um renomado músico e ator britânico, mais conhecido por interpretar o ranzinza porém genial Dr. Gregory House na série House M.D. Um apaixonado por música, assim como é transpassado pelo próprio personagem que Laurie interpreta, o ator já participou de projetos como o Band From Tv que é uma banda formada por protagonistas de séries de tv que busca arrecadar fundos para instituições de caridade. Hugh é um OOBE desde 2007 ( Ordem do Império Britânico, um sir assim por dizer ).

Quando ouvi que Laurie estava lançando o disco, não deixei de ouvir junto que isso era pura asneira, apenas um lance para ganhar mais em cima da fama de Dr. House. Como o próprio nome do disco, Let Them Talk (Deixe que falem), dispensa justificativa e deixa claro que a única semelhança entre sua música e o seriado de tv, é o talento. O amor e entusiasmo de Laurie com a música de Nova Orleans o levou a elaborar este trabalho junto ao produtor Joe Henry e com arranjos de Allen Toussaint. Há a participação dos músicos Kevin Breit (guitarra) e Vincent Henry (Sax).

De uma fineza espetacular, o disco começa com a melancólica " St. James Infirmary " que nos dá uma introdução com arranjos e retoques que remetem ao clima imposto pelo blues. Ao longo das faixas há uma crescente aparição de novos elementos, e metais, sanfonas, banjos e arranjos vão dando o ar de sua graça. A maior parte do disco é composta por músicas que remetem ao blues dos anos 50, 60, onde já havia uma certa influência do jazz. Há também faixas countrys, como " They´re Red Hot " e " Swanee River " que tem uma harmonia mais rápida, badalada e as vozes soam com um timbre imposto pelo banjo. Há também blueseiras das bem raízes mesmo, que fariam o próprio Robert Johnsson dar mérito a sua sinceridade. Essas são " Police Dog Blue´s " e " Six Cold Feet " entre outras passagens. A última faixa do disco, homônima, possui uma bela letra romântica, simples e sincera, a moda blues, com um arranjo de fundo feito pela harmônica.

No disco há a participação especial de Dr. John em " After You´re Gone " , Irma Thomas em " John Henry " e de Sir Tom Jones em " Baby, Please Make a Change " junto a Irma também.

Um disco incrível, de uma criação impecável, esbanjando talento e emoção. Há uma edição especial com 3 faixas adicionais, mas não comentarei aqui por não fazer parte do lançamento original. Espero que gostem como eu gostei e que compartilhem de minha opinião que este é um dos melhores discos deste ano e uma prova viva de que ainda existe música de altíssima qualidade sendo feita no mundo.

Machete (2010)

Gênero: Ação/Ficção
Título Original: Machete (EUA)
Ano: 2010
Estreia: 10 de dezembro de 2010
Diretor: Robert Rodriguez, Ethan Maniquis
Roteiro: Robert Rodriguez, Alvaro Rodriguez
Elenco:Danny Trejo, Robert de Niro, Steven Seagal, Michelle Rodriguez. Jessica Alba.







Incrível como um personagem que nasceu num filme como Pequenos Espiões pode passar por um trailer falso e ter mais sucesso do que  esse filme. Utilizado como trailer para o projeto Grindhouse de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, Machete teve mais audiência que o projeto inicial. Com uma história totalmente descabida e cheia de sangue vamos ao enredo.
 

Machete é um agente federal do México bem linha dura que utiliza como arma um facão (Machete) e protagoniza combates sanguinolentos pela justiça. Após um traficante comprar toda a corporação ele sofre uma emboscada e com isso perde filha e esposa. Sendo praticamente deixado para morrer em uma casa em chamas ele é dado como morto de certa forma.

Anos depois dessa entrada, estamos no Texas e um senador linha dura quer ser reeleito. Sua proposta é acabar com  os Mexicanos no Texas e cercar toda a fronteira. Com isso um homem contrata Machete para matar esse candidato dizendo não gostar das ideias do mesmo e que isso afundaria a economia do estado. Junte a isso uma agente federal querendo ser promovida, um grupo de vigilantes de fronteira loucos por sangue mexicano e A Rede, organização que ajuda os mexicanos a entrar  e se manter no Texas e teremos a confusão suficiente.

No meio desse rolo vai rolar tiro, facada, membros voando, órgãos caindo e muito, mas muito sangue (muito mesmo). Somente por esporte vai haver morte pra todo lado deixando claro que isso é um filme gore moderno, ou seja, notamos que a história é atual mas toda a filmagem tem o estilo clássico dessa categoria de filme muito produzida no Japão.

Confesso que pode se tornar repetitivo e cansativo ver mortes violentas e absurdas seguidas de piadas muito infames, mas isso é só um detalhe já que quem for assistir Machete já deve estar esperando uma história só pra preencher os tempos entre chacinas. Vejam (ou não) o trailer.

Toy Story 3 (2010)

Gênero: Animação/Aventura
Título Original: Toy Story 3 (EUA)
Ano: 2010
Estreia: 8 de abril de 2011
Diretor: Lee Unkrich
Roteiro: John Lasseter, Andrew Stanton, Lee Unkrich, Michael Arndt
Elenco: Tom Hanks, Joan Cusack, Tim Allen, Ned Beatty








Toy Story chegou ao seu terceiro filme acumulando espectadores em 3 diferentes décadas. Desde seu lançamento em 1995 ocorreram evoluções significativas nos filmes de animação. E com a mesma fórmula dos primeiros dois filmes, a terceira edição consegue se manter de pé.

Uma realidade para todo brinquedo é que as crianças crescem e acabam deixando-os de lado, totalmente esquecidos. Não acontece diferente com a turma de Woody. Andy está com 17 anos e prestes a ir para a universidade, seu quarto irá ser transferido para sua irmã e assim ele tem que separar as coisas para o sótão, universidade, doação e lixo. Ao separar os seus brinquedos ele resolve levar Woody e deixar o resto no sótão, mas sua mãe confunde os brinquedos com lixo e os coloca para coleta.

Sem saber o que ocorreu, todos pensam que estavam sendo descartados e resolvem ir para doação. Apesar de Woody tentar impedi-los,  a coisa acontece. Chegando na creche que foram doados eles encontram o paraíso dos brinquedos onde todos são usados pelas crianças e nunca abandonados. Conhecem Lotso, um urso de pelúcia que comanda o lugar e os recebe para esse novo paraíso.

O problema é que o paraíso é só para selecionados e aquilo se trata de uma prisão comandada por Lotso. Assim eles vão ter que dar um jeito de escapar desse pesadelo. Com esse enredo simples e divertido é possível ter tudo de uma aventura, planos de fuga, romance, e cenas cômicas como todos os filmes da franquia.

O modo como a história não se encontra estagnada e sim apresenta total mudança na vida dos brinquedos é uma ótima jogada, assim quem acompanha desde a infância esses brinquedos pode novamente se identificar na tela. Com direito a um final muito digno o filme é um bom fechamento para a trilogia. Acompanhe o trailer logo abaixo.

Achados do SWU!

Album: Big Whiskey & The GrooGrux King (2009)
Autor: Dave Matthews Band (Dave Matthews [Violão], Stefan Lessard [Baixo], Boyd Tinsley [Violino] e Carter Beauford [Bateria])
Gravadora: RCA
Gênero: Pop rock alternativo (vide post abaixo)
Track List:
1 - Grux 1:11
2 - Shake Me Like a Monkey 4:00
3 - Funny The Way It Is 4:26
4 - Lying In The Hands Of God 5:13
5 - Why I Am 3:53
6 - Dive In 4:26
7 - Spaceman 4:08
8 - Squirm 5:32
9 - Alligator Pie 3:59
10 - Seven 4:17
11 - Time Bomb 3:59
12 - Baby Blue 3:41
13 - You & Me 5:41
14 - Write a Song 3:51
15 - Corn Bread 4:53

Dave John Matthews é um compositor sul africano. Aos 10 anos de idade, após a morte do pai, mudou-se com a familia para Yorktown Heights no estado de Nova York nos EUA. Com 12 anos voltou a África do Sul onde passeou de escola em escola nunca dando atenção aos estudos, mas se empenhando cada vez mais em música. Após estudar Dave volta aos EUA, e passa a trabalhar como barman no "Miller's" na cidade de Charlottes Ville, na Virginia. Lá, encorajado pelo amigo e guitarrista Tim Reynolds, Dave começa a trabalhar sua música junto ao saxofonista Leroi Moore e o baterista Carter Beauford. Assim nasce a Dave Matthews Band. Uma curiosidade sobre Dave Matthews é que ele também ja participou do cinema (Eu os declaro Marido e....Larry entre outros).

A primeira vez que ouvi a banda foi durante seu show no SWU de 2010. A banda que foi uma das últimas a se apresentar no segundo dia era aguardada por vários fãs e até então desconhecida para mim. Não precisou mais do que a primeira música para eu entender porque tantas pessoas me pediam para deixá-las ficar na minha frente (eu estava na grade).


O som da banda é um conceito um tanto espetaculoso, dado que traz uma mistura na medida perfeita, de pop, rock, soul music e funk. O resultado é um conjunto de harmonias e arranjos repletos de instrumentos diferentes, fugindo do básico e dando espaço a metais e sopros. Isso é o que se pode ver no disco em questão. Big Whiskey & The GrooGrux King é o nono disco da banda e trás um som mais amadurecido em relação a discos passados. Embora com a falta do saxofonista Leroi (comentarei no final), a banda encarnou um estilo que traz uma novidade atrás da outra em deliciosas 15 faixas.

Desde funks gritantes como em " Shake Me Like a Monkey " até violões de surfistas como em " You & Me ", passando por pops mais badalados como " Why I Am " e rocks mais pesados como " Time Bomb " , o disco é repleto de variações que não o deixam tornar-se monótono, mas nem tiram você de uma sensação e te mandam para outra completamente diferente. Um obra na medida , com partes de peso e partes de tranquilidade. Solos e performances são feitos por diferentes instrumentos e as harmonias passeiam até mesmo dentro das músicas, não dando margem para tantas repetições. Refrões gostosos e passagens descontraídas são constantes.
Um disco talentoso do começo ao fim.


No dia 19 de agosto de 2008, faleceu o saxofonista Leroi Moore, fundador da banda. A causa da morte foi complicações por conta de um acidente de quadricíclo em sua fazenda na virgínia, onde Leroi quebrou várias costelas e perfurou um pumão. Uma perda sentida pela banda, dado que Leroi, além de um amigo de longa data de todos, era um exíminio músico especializado em instrumentos de sopro, com um enorme coleção de instrumentos.

Distrito 9 (2009)

Gênero: Ação/Ficção
Título Original: District 9 (Africa do Sul)
Ano: 2009
Estreia: 16 de outubro de 2009
Diretor: Neil Blomkamp
Roteiro: Neil Blomkamp, Terri Tatchell
Elenco:Sharlto Copley, David James, Jason Cope







Tá aí um filme com sinopse bem interessante e que tem Peter Jackson assinando como produtor. Plano de fundo bem comum da ficção, neste filme a  temática é o contato alienígena com nosso planeta. Uma nave se aproximou da terra e acabou por ficar sobrevoando Johanesburgo. Por algum tempo se esperou que houvesse combate, mas nada ocorreu. E assim os humanos foram ao primeiro contato, só que não esperavam encontrar essa raça passando por tempos difíceis dentro de sua nave-mãe. E assim foi, os humanos ajudaram esse povo fornecendo comida e os alocando no Distrito 9. 20 anos se passaram e os Camarões (como são chamados pela aparência e costumes de comer restos) se multiplicaram e formaram praticamente uma favela que se expande.

O ano é 2010 e a MNU, uma organização criada para ajudar com os extraterrestres pretende os realocar no Distrito 10, uma área longe da cidade para que não haja tanto problema entre humanos e alienígenas. Para a tarefa de informar os Camarões é nomeado Wikus van de Merwe, genro do diretor da MNU. Durante as operações ele acaba infectado e uma metamorfose começa a transformá-lo. Com isso ele passa a ser caçado pela MNU dado o valor dessa "experiência".

Sem pra onde correr, Wikus foge para o distrito 9 a fim de se curar. Esse é um enredo bem arquitetado o que transforma essa ficção num drama que tem Wikus como personagem principal. A transformação que ele sofre psicologicamente durante o filme é imensa, construindo um grande personagem.

Outro grande trunfo do filme são os efeitos especiais que deixam muito filme de alto orçamento na mão. Os alienígenas estão bem construídos e a paisagem com a presença da nave-mãe é surpreendentemente real, além é claro das cenas de ação que reforçam somente a qualidade gráfica do longa.

Distrito 9 usa de uma outra raça para mostrar o que a segregação racial foi. Saem humanos versus humanos e entra uma batalha entre humanos e ETs. Está tudo ali, o descaso das autoridades, os guetos, o contrabando de armas e drogas, a violência. Só é mudada a fantasia fazendo com que seja um gesto político interessante além de um ótimo filme. Acompanhem o trailer:

Kick-Ass - Quebrando Tudo (2010)

Gênero: Ação/Ficção
Título Original: Kick-Ass (EUA)
Ano: 2010
Estreia: 18 de junho de 2010
Diretor: Matthew Vaughn,
Roteiro: Matthew Vaughn, Jane Goldman, Mark Millar(HQ), John Romita Jr.(HQ)
Elenco: Nicolas Cage, Aaron Johnson, Lyndsy Fonseca, Chloe Moretz, Christopher Mintz-Plasse.







Adaptações de quadrinhos para cinema são sempre controversas. Muitos defendem certos aspectos ao invés de outros e no fim você ainda não sabe se o filme ficou bom ou ruim. Kick-Ass é um filme difícil de avaliar por essas coisas. Primeiro fator de dificuldade é a existência da versão em quadrinhos na minha estante, ou seja...eu já li uma vez ou outra. O segundo fator vai aparecer daqui a pouco, vamos a uma breve sinopse.

Dave é um garoto que se classifica como um nada, não é bom o suficiente para estar em algum grupo e também não é o mais engraçado da turma. Louco por gibis, ele um dia para e se pergunta por que ninguém nunca se tornou um herói. Com essa ideia ele compra uma roupa, se veste e acha que já basta para as missões noturnas. Porém na sua primeira experiência ele acaba tomando um cacete, esfaqueado e atropelado, o que resulta em várias placas de metal e cirurgias.

De volta a ativa ele acaba encontrando um grupo de marginais espancando um homem e decide ajudar. Esse combate desengonçado no qual se mete acaba por virar um webhit quando alguém grava e posta no Youtube. Assim com o nome de Kick-Ass ele passa a ser febre por todos os lugares, fazendo inclusive surgir mais heróis como Hit-Girl, Big Daddy e Red Mist. Sendo que nem todos pensam na justiça do mesmo jeito que Dave.

Um sério problema nas adaptações é diminuir a brutalidade das HQ para não obter uma censura alta. Isso obviamente ocorre no filme todo, mas não o estraga, deixa somente as cenas mais mornas. O que estraga o longa é a mudança de perspectiva dos fatos. É quase contar a história pelo fim, tirando alguns elementos de surpresa e fazendo ficar extremamente entediante acompanhar o fim da história.

Pra quem nem conhece os quadrinhos é um filme bem legal e bem movimentado que mistura um certo tom sarcástico com ação bem pesada, sedo bem equilibrado para não virar uma comédia somente. Para quem leu já fica difícil. Falta frieza na Hit Girl, Força no Big Daddy, malícia no Red Mist e também tem um final extremamente distorcido com direito a você pensar "Que porra é essa que fizeram?". Para não me demorar mais, fica o trailer que já mostra parte das diferenças do cinema e dos quadrinhos.