domingo, 28 de agosto de 2011

O Rock n´ Roll americano dos anos 80


Album: 1984 (1984)
Autor: Van Halen ( Dave Lee Roth [Vocal], Eddie Van Halen [Guitarra], Alex Van Halen [Bateria] e Michael Anthony [Baixo])
Gravadora: Warner Bros Records
Gênero: Hard Rock
Track List:
1 - 1984 1:07
2 - Jump 4:04
3 - Panama 3:34
4 - Top Jimmy 3:02
5 - Drop Dead Legs 4:15
6 - Hot for Teacher 4:44
7 - I´ll Wait 4:45
8 - Girl Gone Bad 4:35
9 - House of Pain 3:19



O Van Halen é uma banda americana de hard rock formada em 1972 na Califórnia pelos irmãos Eddie e Alex Van Halen, filhos de uma família de músicos. No começo, Eddie e Alex tinham papéis diferentes, sendo Alex guitarrista e Eddie tecladista. Mas, com o tempo, Alex encontrou seu talento na bateria e Eddie na guitarra, sendo este último considerado um dos melhores guitarristas do mundo. A banda é uma das mais vendidas nos EUA, ocupando a 19º colocação, sendo que o Van Halen é o grupo que colocou mais singles no topo da Hot Mainstream Rock Tracks, 13 no total. O Van Halen também foi um dos cinco grupos da história a ter dois discos de diamante nos EUA (Van Halen I e 1984).

Quando a banda surgiu, foram apresentados primeiro por Gene Simmons (baixista do Kiss, também conhecido como The Demon) e na época Eddie era quem cantava. Logo depois, os irmãos conheceram Michael Anthony dividindo o palco com o músico e sua banda Snake. Depois disto, Michael foi convidado a tocar com o Van Halen, que na época se chamava Mammoth. Posteriormente, os músicos descobriram o vocalista Dave Lee Roth, que rapidamente ingressou na banda. Por fim, a banda descobriu que o nome Mammoth já estava em uso e, mesmo com gravações agendadas, optaram, rapidamente, por colocar o nome dos irmãos como nome da banda.

1984 foi o último álbum da banda com o vocalista Dave Lee Roth. Marca uma fase do Van Halen onde os músicos começaram a apresentar novas experiências com o som que propunham. A banda foge do hard rock convencional da época e insere sintetizadores e efeitos com uma pegada um pouco mais pop. O resultado disso é uma harmonia com a agressividade e ritmo do hard rock, misturado a criatividade e descontração do pop. Muitos riffs, como o de Jump, já estavam na mente de Eddie a algum tempo e esse foi o momento de colocá-los em atuação.


A linha do album é agitada, abrindo com o instrumental que leva o nome do álbum, que é um emaranhado de efeitos tocados no sintetizador de Eddie. Seguindo de Jump que é um dos hits tanto do álbum quanto da banda, e que se tornou sucesso mundial. Quando indagado sobre a letra de jump, Dave Lee Roth respondeu que se baseou no feeling de estar mudando de ano e também depois de ver um homem tentando um salto na televisão, de cima de um prédio. Uma das máximas de Dave Lee Roth sobre a música é: " O pulo é quando o Rock n´ Roll se encontra com Deus." Panama e Hot for Teacher são pegadas pesadas de hard rock que também se tornaram hits do album, com direito a videos e clips na mtv. São músicas agressivas, como riffs e solos de guitarra de uma ferocidade notável, e mostrando sempre porque Eddie Van Halen é um dos deuses da guitarra. Top Jimmy é uma homenagem da banda a o músico James Paul Koncek da banda Top Jimmy & The Rhythm Pigs.

Outras músicas tem uma história mais cômica como Girl Gone Bad, que foi composta por Eddie em um quarto de hotel com sua namorada, onde o músico despertou a noite com essa idéia na cabeça e teve de compor a obra dentro de um closet porque não queria acordar a moça. I´ll Wait é mais um hit badalado e House of Pain vem desde os tempos de banda de casas noturnas do grupo.

Um album de sucesso astronômico, tendo alcançado disco de diamante nas vendagens, estar citado na lista do livro 1001 Discos para se Ouvir Antes de Morrer e um das mais altas honrarias dos EUA, o album está na lista dos 200 Albuns Definitvos do Rock n´ Roll Hall of Fame.


Uma curiosidade sobre o Van Halen. Na década de 80, o cenário musical dos EUA ainda era repleto de preconceito. Havia um grande antagonismo entre o que se chamava de música dos brancos (da qual o rock fazia parte) e a música dos negros (rap, R&B, hip hop). Um dos marcos que venceram as barreiras do preconceito e diminui o racismo na música americana foi a gravação da música Beat It, do album Thriller, de Michael Jackson, onde o guitarrista Eddie Van Halen tocou a guitarra. O solo de Beat It é talvez o mais conhecido da década de 80 e a música foi apresentada em 1984 em um show dos The Jacksons.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sucker Punch - Mundo Surreal (2011)

 



Gênero: Ação/Ficção
Título Original:Sucker Punch (EUA)
Ano: 2011
Estreia: 25 de março de 2011
Diretor: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Elenco:Emily Browning, Abbie Cornish, Vanessa Hudgens, Jena Malone, Scott Glenn, Oscar Isaac.








Quando se olha o nome de Zack Snyder na cadeira de diretor e também responsável pelo roteiro, devo confessar, é difícil não criar expectativas sobre o que teremos como obra final. Com Sucker Punch não é diferente. Dito o filme no qual Snyder pede perdão por colocar um monte de espartanos vestindo somente sungas e lutando ferozmente na tela, a sinopse promete muitos elementos atrativos.


E a sinopse é essa, uma garota perde a mãe e só sobram ela e a irmã a mercê do padrasto. O padrasto esperava poder pegar toda a grana da sua falecida esposa, mas dá de cara com um testamento direcionando o dinheiro somente para as garotas, assim num ataque de fúria ele mata a garota mais nova praticamente na frente de sua outra enteada e essa leva a culpa no fim por estar totalmente transtornada. Com essa situação ele consegue interná-la em um hospital psiquiátrico para garotas e suborna um dos enfermeiros para que ela seja lobotomizada.

Com somente alguns dias para que o médico chegue e faça a cirurgia, Baby Doll (nome que a garota adota durante a história) tem a história contada de forma fantástica de modo que o cenário é um bordel no qual as meninas são dançarinas e precisam escapar antes que esses dias acabem. Com um plano traçado Baby Doll tem a ajuda de Sweet Pea, Rocket, Blondie e Amber para conseguir itens essenciais para a fuga enquanto hipnotiza a todos com sua dança.


O grande trunfo da história é que durante as danças de Baby Doll ela entramos em um mundo no qual cada missão é mais fantástica que a outra, desde um samurai gigante até uma luta contra nazistas zumbis em meio ao front de batalha. Essa parte é a que realmente posso dizer que vale a pena, com efeitos especiais bem legais é possível salvar a história toda.

O problema não é ser um filme ruim, ele é bem médio. Mas médio para Zack Snyder é pouco. Com uma propaganda de que o filme seria a imagem de lolitas em pouco traje enfrentando tudo e todos com poder de fogo inacreditável, o que conseguimos são meninas vestindo roupa de cabaré dos anos 20 (isso realmente não é provocante) com um pano de fundo bem sentimentalóide. Decepcionante =/

Além disso, a história acontece bem rapidinha e acaba meio boba demais para tudo que projetou durante o rolar do longa. Com isso posso afirmar que esse é o pior trabalho de Zack Snyder, a Vanessa Hudgens atua pior que a koreana, pior...acho que a koreana não tem nem fala! Bem aí vai o trailer para todos que se interessaram.


domingo, 21 de agosto de 2011

A Mulher Invisível (2009)




Gênero: Comédia
Título Original: A Mulher Invisível (Brasil)
Ano: 2009
Estreia: 5 de junho de 2009
Diretor: Cláudio Torres
Roteiro: Cláudio Torres
Elenco: Selton Mello, Luana Piovanni, Vladimir Brichta, Maria Manoella.









Mais um filme brasileiro pintando no blog e, além disso, mais uma comédia. Esse filme vai remarcar minha retomada a escritas já que estou de férias e tranquilo com a Universidade haha. Vamos lá, porque férias agora? Simples, escolheram que nossas férias e períodos iam ser diferentes e assim aconteceu. Porque mais um filme de comédia brasileiro? Simples também, foi o filme que assisti ontem e resolvi colocar aqui! Agora vamos ao filme.

O filme conta a história de Pedro, um Controlador de Tráfego do Rio de Janeiro (tráfego terrestre e não aéreo) que acaba de tomar um pé na bunda da sua esposa após 6 anos de casados. A coisa fica feia, ele entra em parafuso, abandona o emprego, se tranca no apartamento por semanas e fica vivendo a beira da dignidade, até que uma madrugada uma de suas vizinhas bate a sua porta atrás de uma xícara de açúcar.


Essa mulher chamada Amanda se mostra a mulher perfeita, o ama, extremamente dedicada ao sexo, arruma a casa dele, não reclama de nada, enfim... simplesmente uma mulher impossível. E aí está a questão, Amanda é realmente impossível, uma mulher imaginária e invisível a qualquer um menos para Pedro.


No meio disso temos Carlos, melhor amigo, colega de trabalho e irmão de Pedro que começa a suspeitar de tudo e se coloca a ajudá-lo a sair dessa confusão e também sua vizinha de verdade, Victória. Uma recém-enviuvada vizinha que sempre escutou a vida de Pedro através das paredes finas do apartamento e que se encontra apaixonada por ele.

Com cenas bem provocantes protagonizadas por Luana Piovanni que passa quase o filme todo de lingerie e com cenas de total vergonha passadas por Pedro ao sair com sua namorada em público o filme é bom.  Simplesmente bom pois não são muitas as cenas que te deixam rindo bastante e simplesmente o enredo é muito previsível. Para todos que acharam a ideia interessante e pretendem assistir o filme eu aconselho não ver o trailer que vem logo abaixo. Estranho né? pois bem, é mais um daqueles trailer que tudo que tem de engraçado no filme você consegue nele. Aí vai:



Bem-vindo ao...

Album: Magical Mystery Tour (1967)
Autor: The Beatles ( John Lennon [Vocal e Guitarra], Paul McCartney [Baixo], George Harrison [Guitarra] e Ringo Starr [Bateria] )
Gravadora: Capitol
Gênero: Rock n' Roll
Track List:
1 - Magical Mystery Tour 2:43
2 - The Fool on the Hill 3:00
3 - Flying 2:16
4 - Blue Jay Way 3:56
5 - You Mother Should Know 2:29
6 - I am the Walrus 4:36
7 - Hello, Goodbye 3:30
8 - Strawberry Fields Forever 4:10
9 - Penny Lane 3:03
10 - Baby You're a Rich Man 3:03
11 - All You Need is Love 3:48

O Beatles foi uma banda inglesa formada em Liverpool em 1960. Considerada uma das bandas mais bem sucedidas da história da música popular, os Beatles foram um marco e uma inspiração permanente para o Rock n' Roll e para a música em geral. No começo a banda se consolidou tocando em pubs ingleses e sofrendo algumas alterações de membros. A formação consolidada é a que citei acima e o primeiro single do grupo Love me Do foi sucesso imediato no Reino Unido. Até 1966 a banda excursionou sem recesso pelo mundo e parou em 1966 para produzir obras em estúdio. A popularidade do grupo ficou conhecida como Beatlemania, e esse termo foi reforçado pela mídia inglesa. A banda se dissolveu em 1970, com os músicos seguindo em carreiras solo. Os Beatles teve mais álbuns em primeiro lugar nas paradas inglesas do que qualquer outro grupo e são o grupo com maior número de vendas nos EUA. Em 2008 a Billboard lançou uma top-list de vendas e a banda permanece em primeiro lugar. Já foram honrados com 8 Grammy Awards e 15 Ivor Novello Awards da Basca. Possuem uma vendagem de mais de um bilhão de álbuns e estão entre as 100 pessoas mais influentes do século XX, assim citado pela revista Times.


Durante as viagens dos Beatles pelos EUA, eles vieram a conhecer o Sr. Bob Dylan que propôs que os garotos de Liverpool deveriam ter umas mensagens mais maduras e profundas em suas composições. Desse encontro, parcerias e a adição de um elemento chave (drogas) na criação do que Dylan propôs aos Beatles, nasceu uma fase de psicodelia da banda inglesa. Dessa fase o Beatles reinventou sua proposta de som e nos trouxe uma linguagem totalmente inusitada e desapegada do rock n' roll da década de 50 que é o que estávamos acostumados. A obra prima nascida dessas ideias é o álbum do qual lhes falo.

Magical Mystery Tour é um ponto de partida da história de uma fase do rock n' roll que viria a ser conhecida como rock psicodélico. Ideias de revolta social, de paz e amor e de antagonismo em relação a políticas de guerra culminaram no movimento hippie que viu no rock psicodélico a principal mensagem que falava aquilo que eles queriam espalhar. A sonoridade presente aqui é cheia de arranjos e harmonias inconstantes. O rock foge dos constantes riffs e entre em outro mundo, com a adição de instrumentos incomuns, vozes adicionais como coros e temas clássicos e folk. As letras tocam na revolta popular presente principalmente nos EUA com a questão da guerra do Vietnam, na psicodelia dos temas e na necessidade de se amar mais. Outros elementos que influenciaram a obra foi a morte do ex-produtor da banda Brian Epstein, o que fez com que os Beatles precisassem sentar e repensar os rumos os da banda e também, o fato de Magical Mystery Tour vir a se tornar um filme com o álbum como trilha sonora.



I Am the Walrus, Strawberry Fields Forever e All You Need is Love estão entre as faixas mais aclamadas do disco, sendo esta última um dos maiores sucessos de todos os tempos dos Beatles. I am the Walrus e Straberry Fields tem vários elementos que mostram a proposta psicodélica, traduzida em harmonias inconstantes e letras fantasiosas. All You Need is Love é o apelo pela força do amor, e tem como introdução a obra clássica Marseillaise. Todas as faixas seguem essa linha, com Hello, Goodbye sendo a mais próxima da antiga proposta dos Beatles. O álbum em si traz faixas curtas e com pegadas constantes, sendo um álbum fácil de se ouvir, com um clima de bastante reflexão e calma. A faixa Magical Mystery Tour que abre o album é mais animada e badalada, seguida por The Fool on the Hill que já é mais trabalhada e com arranjos mais descolados dos instrumentos. Um prato cheio falando de harmonias e propostas diferentes visto em cada faixa. Com certeza uma das melhores obras dos Beatles e um importante álbum para a história do Rock.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sometimes You....

Galera, durante um tempo talvez eu não consiga postar todo domingo, mas no mínimo conseguirei postar toda semana.

Album: Kick (1987)
Artista: INXS (Michael Huchence [Vocal], Garry Gary Beers [Baixo], Jon Farriss [Bateria], Tim Farriss [Guitarra], Andrew Farriss [Guitarra, Teclados], Kirk Pengilli [Guitarra, Sax, Vocal])
Gravadora: Atlantic Records
Gênero: Pop Rock, New Wave
Track List:
1 - Guns in the Sky 2:21
2 - New Sensation 3:39
3 - Devil Inside 5:14
4 - Need You Tonight 3:01
5 - Mediate 2:36
6 - The Loved One 3:37
7 - Wild Life 3:10
8 - Never Tear Us Apart 3:05
9 - Mystify 3:17
10 - Kick 3:14
11 - Calling All Nations 3:02
12 - Tiny Daggers 3:29

Recentemente comecei a ler o livro 1001 Discos Para Se Ouvir Antes de Morrer. Realmente é um livro fabuloso, cheio de histórias de bastidores intrigantes que só mesmo os grandes produtores e colunista da indústria da música poderiam conhecer. A lista de discos também está muito legal, e obviamente em meio a 1001 itens, é impossivel que todos ali agradem a todas as pessoas. Contudo isso não muda o fato que a listagem está muito legal e abrangente. Agora independente disso, me senti incomodado (pra não dizer revoltado) de não ver na listagem, a obra a qual lhes falo hoje, Kick.

O INXS (In Excess), que já lhes falei aqui, é uma banda australiana do fim da década de 70. Com um som bem pop, mais pra New Wave, mas nunca desapegado do Rock, o INXS foi uma banda de enorme destaque na década de 80 e ainda hoje se mantém como um som de respeito. Montada pelos irmão Farriss, em 1997 teve sua alteração mais marcante com a morte do vocalista Michael Huchence (para mais sobre a historia do INXS e a historia da morte de Huchence, vejam meu primeiro post sobre a banda clicando neste link "INXS").

Em 1987, o INXS que ja vinha com um acumulo de notoriedade, nos apresentou Kick. Da primeira vez, que ouvi este album me senti realmente levando um chute. Ele foi capaz de mudar minha concepção sobre o que o pop significa e qual foi o tamanho do impacto da cena New Wave.
Quando a banda pensou em Kick, a idéia era "um album aonde coubesse todos os singles " (Kirk Pengilly). Quando a gravadora ouviu da primeira vez, odiou. Alegou que o album nunca alcançaria vendagem e nem as rádios. Quando o album foi lançado mesmo assim, colocou 4 singles em primeiro lugar na Top 10 dos EUA (New Sensation, Devil Inside, Never Tear us Apart e Need You Tonight), alcançou primeiro lugar na Billboard australiana, terceiro na americana, nono na inglesa e décimo quinto na austríaca.


Com uma sonoridade cheia de arranjos de fundo misturado a acordes simples e sonóros, Kick é um album de postura do começo ao fim. A primeira faixa Guns in the Sky já nos tráz o clima balada, que o album traz, com acordes viciantes e jogos vocais de grande estilo. New Sensation e Devil Inside e Kick são baladas mais sonoras e rápidas. Todas singles de sucesso no clima balada mais trabalhada e de desenvoltura mais progressiva. Need You Tonight e Mediate já são outro esquema de balada, mais voltado pro lado tranquilo, com um pouco mais de ritmo e levada. Need You Tonight é a faixa romântica que dominou as rádios e virou o maior sucesso da banda. Uma música legal, de bastante arranjo e diversidade. Por último Mystify, Wild Life e Tiny Daggers são cada uma equivalente a uma das três passeadas do album. Mystify é a balada tranquila, porém mais jazzistica. Wild Life é a balada mais atitude, assim como Guns in the Sky e Tiny Daggers é a baladinha rápida, tipo New Sensation. The Loved One é um cover do grupo australiano The Loved Ones.

Quase todo o album está incluido no ao vivo Live Baby Live, sendo que Kick se tornou uma influência definitiva para a música australiana. Um album pronto para te chutar e dar um animo em qualquer um.


domingo, 7 de agosto de 2011

Hanna (2011)




Gênero: Ação
Título Original: Hanna (EUA)
Ano: 2011
Estreia: Lançamento em DVD
Diretor: Joe Wrigth
Roteiro:Seth Lochhead, David Farr
Elenco: Saoirse Ronan, Cate Blanchet, Eric Bana, Tom Hollander










Olhar para a sinopse desse filme é uma grande batalha entre o "vai ser merda"  ou " vai ser muito da hora", e agora vem a explicação: de um lado temos Eric Bana, responsável por Hulk ( sim, aquele que é um fracasso) e que não aparenta conseguir segurar um papel principal muito bem. Do outro lado temos Saoirse Ronan, de certa forma desconhecida mas uma fantástica atriz já que quando dirigida por Peter Jackson em Um Olhar do Paraíso emociona a cada momento desse drama que por si só já é um filmaço.


O enredo é bem básico e como boa parte dos filmes hoje, clichê. Garota treinada ferozmente pelo pai e longe da civilização, quando pronta é enviada para se vingar da pessoa que fudeu com a sua família feliz quando ela era apenas um bebê ( caramba eim...quanta orignalidade!). E isso realmente ocorre bem sem surpresas.

Devo defender um pouco a produção. O filme tem cenas de lutas bem legais, as locações do início do filme são bem bonitas e as minhas expectativas que comentei no início não se concretizaram nenhum pouco, nem para um lado e nem para o outro.


O filme é fraco, não um total fracasso, mas fraco. Mas o problema de ser fraco não é de Eric Bana e nem o pequeno sucesso deve-se a boa interpretação de Saoirse. A mediocridade é dada pelo enredo nenhum pouco original, roteiro mal desenvolvido e diálogos fraquíssimos, além de um desenvolvimente psicológico dos personagens totalmente pobre. Apesar de ter me rendido boas expectativas quando vi o trailer e ter até gostado do filme, eu sinceramente não o acho digno de perder muito tempo assistindo. Assista o trailer e arrisque-se ^^.


"Hell Ain't a Bad Place, Hell is..... "

Galera antes de tudo, muito obrigado. Alcançamos 1000 visualizações do blog! Obrigado a todos que dedicam 2 minutinhos de sua correria para dar uma passada aqui e ver o que escrevemos pra vocês.

Album: From Fear to Eternity - The Best of: 1990 - 2010 (2011)
Artista: Iron Maiden ( Bruce Dickinson [Vocais], Steve Harris [Baixo], Adrian Smith [Guitarra], Janick Gears [Guitarra], Dave Murray [Guitarra], Nicko McBrain [Bateria])
Gravadora: EMI
Gênero: Heavy Metal
Track List:
Disco 1
1 - The Wicker Man 4:36
2 - Holy Smoke 3:49
3 - El Dorado 6:49
4 - Paschendale 8:28
5 - Different World 4:19
6 - Man on the Edge (live) 4:40
7 - The Reincarnation of Benjamin Breeg 7:22
8 - Blood Brothers 7:14
9 - Rainmaker 3:49
10 - Sign of the Cross (live) 10:49
11 - Brave New World 6:19
12 - Fear of the Dark (live) 7:41

Disco 2
1 - Be Quick or be Dead 3:24
2 - Tailgunner 4:15
3 - No More Lies 7:22
4 - Coming Home 5:52
5 - The Clansman (live ) 9:06
6 - For the Greater Good of God 9:25
7 - These Colours Don't Run 6:52
8 - Bring Your Daughter... to the Slaughter 4:44
9 - Afraid to Shoot Strangers 6:57
10 - Dance of Death 8:36
11 - When the Wild Wind Blows 11:02

Estou de volta com Iron Maiden e sua mais nova coletânea, From Fear to Eternity, a qual tive o prazer de adquirir recentemente, o vinil, que está lindo e muito bem produzido. Para aqueles que conheceram a pouco, Iron Maiden foi uma das principais bandas do movimento New Wave of British Heavy Metal, junto a gigantes como Def Leppard. A banda tem 30 anos de estrada e é uma das maiores de Heavy Metal do mundo.

Em 2009 a banda teve uma grande idéia. "Nós temos muitos novos fãs ao redor do mundo, e inclusive em lugares onde nunca tocamos antes. Vamos refazer nossa tour de maior sucesso (World Slavery Tour de 1995, que por sinal, passou pelo Rock in Rio aqui no Brasil) para que esses novos fãs possam nos ver tocando essas músicas." O resultado desta idéia foi uma das tours mais audaciosas ja feito por um grupo musical, que se chamou Somewhere Back in Time. Mas isso é assunto que tratarei aqui, em um futuro não muito distante, assim espero. Desta idéia veio a concepção dessa coletânea. Uma coletânea que ao invés de englobar as primeiras fases da banda, se focou no ponto onde a banda começou a construir essa linguagem a qual o Iron Maiden vem nos passando desde a década de 90.

O título From Fear to Eternity veio de uma paródia com a música From Here to Eternity do albúm Fear of the Dark o qual é o ponto de partida desta coletânea que vai até o último album de 2010, The Final Frontier. Este período marca a época que Bruce Dickinson deixou o Iron para se dedicar a carreira solo, após Fear of the Dark e foi substituido por Blaze Bayley (ex-Wolfsbane na época). Seguindo pelos albums de Blaze, a coletânea nos trás de volta com Bruce e o guitarrista Adrian Smith (que havia saído antes de Fear of the Dark e forá substituido por Janick Gears) na época de Brave New World adiante.


Com excessão da faixa Fear of the Dark, todos os outros "lives" são músicas da época de Blaze com o Iron, cantadas por Bruce. A coletânea passeia pelos albums sem se concentrar ou destacar nenhum deles por diferente, ao contrário, ela vai e volta pelas épocas nos fazendo passar por todas as experiências que o Iron propôs neste período. Há também uma boa dosagem de singles (The Wicker Man, The Reincarnation of Benjamin Breeg, El Dorado, Bring me your Daughter...., Fear of the Dark) quanto de "lados B" (para aqueles que desconhecem, Lado B é uma expressão usada para referenciar faixas que não foram tão popularizadas por midia ou propaganda. São as faixas que compõe o disco mas que não serviram de "cartão de apresentação", diferente dos Singles, que são as músicas de destaque e feitas populares para chamar a atenção. Resumindo são as faixas que você não vai ouvir comumente no rádio, mas sim se comprar o disco e colocá-lo pra tocar rsrs). Contudo mesmo os lados B presentes aqui, são músicas de altíssimo nível e reconhecimento, a ponto desta denominação ser, digamos, imprecisa.


A sonoridade desta época do Iron se destaca pela construção mais detalhada das músicas. Com várias passagens diversificadas, solos diferenciados, harmonias inconstantes porém de gostosa acimilação. A banda resume este período como seu amadurecimento. Isso se verifica facilmente nas faixas mais longas, que apresentam toda esta construção progressiva. As mais curtas já são o Iron de antigamente, com bases e solos rápidos e pesados, e aquela melodia animada e pegajosa, como em Bring me your Daughter.... e Be Quick or be Dead.

Acima de tudo esta coletânea ficou uma de derrubar a casa. Não há muitas baladinhas. As músicas mais sentimentais são Coming Home e When the Wild Wind Blows. Você tem umas passagens mais cômicas e animadas como Holy Smoke e Bring me your Daughter. Outras mais sérias e pesadas como These Colours Don't Run, For The Greater Good of God, Paschendale, The Clansman entre outras. E claro, o que sempre se espera no Iron, aquelas pegadas de bom e velho heavy metal, como The Wicker Man, Rainmaker, El Dorado, Different World e algumas mais.

Em suma, é uma brilhante coletânea para novos e velhos fãs que gostam da sonoridade mais atual do Iron Maiden. E porque não dizer que é também um ótimo ponto de partida para quem quer entender melhor essa sonoridade atual ? Já tive o prazer de ouvi-la e estou aguardando uma vitrola para poder ouvir o vinil na integra, se alguma boa alma quiser me convidar para uma tarde de cerveja e com uma vitrola para ouvirmos, eu adoraria rsrs. Galera, é o Iron Maiden na sua forma mais madura e brilhante, mostrando porque foi uma banda capaz de sobreviver a todas as cenas, superar adversidades e indas e vindas de membros, superar a constante nescessidade de agradar velhos e novos fãs e porque está entre as melhores do mundo no gênero. Boa audição a todos.

E galera, levantando uma observação, hoje domingo dia 7 de agosto foi aniversário do grande Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden. Respeitado mundialmente, o vocalista que também é piloto de avião, radialista e produtor musical, recem doutorado em música, é carinhosamente chamado de multi-homem. Uma persona de muito carisma e postura. Parabens Bruce, muito anos de vida, Iron Maiden e de "Scream for me" rsrs.