terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Cara nova e casa nova!!

Pessoal, Com grande prazer que essa é a última atualização dentro do blogspot!!! Próximo do fim desse ano estivemos preparando algumas mudanças que incluíram a entrada de mais 2 autores, mudança de endereço e mudança de layout do blog. A partir de hoje as postagens vão ser migradas para o novo endereço e as novas serão postadas somente lá! Confiram abaixo uma amostra do novo layout e acessem www.brincandodesercritico.com.br para navegar na nossa nova página!




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Impossível (2012)


Gênero: Drama
Título Original:  Lo imposible (Espanha)
Ano: 2012
Estreia: 21 de dezembro de 2012
Diretor: Juan Antonio Bayona
Roteiro: Sérgio G Sánchez
Elenco: Naomi Watts, Ewan McGregor, Tom Holland
Página oficial: http://www.facebook.com/pages/O-Imposs%C3%ADvel-O-Filme/288178491286150










O filme de hoje é um drama baseado em uma história real vivenciada por uma família durante um desastre natural. Em 2004 um tsunami atingiu grande parte da Ásia no dia 26 de dezembro deixando milhares de mortos e mais de um milhão de desabrigados e gerando um total caos devido a falta de estrutura para lidar com uma catástrofe desse nível.

A história se inicia com a viagem da família para a Tailândia próximo do natal. Podemos nesse momento ver o quão belo é o lugar, paisagens naturais e um resort aconchegante com vista para a praia, quem não gostaria de passar férias assim! Mas as festividades passam e no dia 26 o desastre ocorre e a água leva tudo o que encontra pela sua frente.


As cenas são realmente bem filmadas e conseguem passar o desespero para o público enquanto os personagens lutam para se manter vivos em meio ao turbilhão de água e destroços que estão sendo arrastados. Com locações que exprimem a devastação ocorrida em 2004 podemos ver o quão destruído aquele paraíso que vemos no início está e mensurar a força das águas avançando no continente.


Após todo esse ocorrido temos agora a luta dessa família para sobreviver, absorver o que aconteceu com eles e lutar para se encontrarem em meio ao caos gerado. É agora que o filme se foca em tratar do drama psicológico que cada membro passa durante essa curta, porém exaustiva, jornada. Assim podemos ver o quão a fraternidade é importante para todos em momentos tão difíceis.

Para aqueles que se interessaram e querem aproveitar a época do natal para assistir um filme que desperte um pouco da compaixão em cada um, aí vai o trailer:


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A Última Casa da Rua (2012)





Gênero: Terror
Título Original:  House at the End of the Street (EUA)
Ano: 2012
Estreia: 7 de dezembro de 2012
Diretor: Mark Tonderai
Roteiro: Jonathan Mostow, David Loucka
Elenco: Jennifer Lawrence, Elisabeth Shue, Max Thieriot.
Página oficial: http://www.facebook.com/AUltimaCasaDaRuaOFilme








Olhemos para o que rola no começo da história. Uma garota e sua mãe se mudam para uma cidadezinha no interior e alugam uma casa situada numa reserva florestal que tem por vizinho o local de um crime brutal no qual um casal é assassinado pela sua filha e logo após a mesma se afoga no lago. Até aí nada de novo que possamos observar, família passando por mudanças decide se mudar para o interior e escolhe justamente o lugar mais propício para que um cenário de terror se instale.


Ao longo das primeiras cenas percebemos que o filho do casal que sobrou vivo na tragédia mencionada antes ainda mora na casa da família. Dado isso ele é bem hostilizado pela vizinhança já que a cena de um crime nunca eleva o valor imobiliário e o garoto se recusa a abandonar a casa.É nesse momento que ocorre um entrosamento entre os dois personagens principais, Elisa e Ryan. Os quais são a nova garota e o dono da casa no fim da rua. Desse entrosamento vamos vendo o aspecto introspectivo dele e a boa vontade em resgatar o garoto da solidão, mas aí vem a questão: não é muita enrolação para o terror de fato começar?


De certa forma é, mas prepara um pouquinho quem está assistindo para entrar no clima do lugar, cenários escuros, floresta, trilha sonora tradicional e essas coisas. Mas quando você acha que tudo tá tranquilo demais é aí que o filme começa a animar, a filha assassina surge e as dúvidas começam a surgir quanto ao que vai rolar daqui pra frente. E esse é o ponto alto do filme, ele te deixa apreensivo em pensar o que vai rolar na próxima cena e você se vê não conseguindo prever o fim de forma tão linear.

Para aqueles que se interessaram aí vai o trailer:



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Kiss - Monster World Tour 17/11/2012


  Vamos lá. Fogos, ok. Luzes ofuscantes, ok. Telões grandes e de alta qualidade, ok. Rock n' Roll bom e alto, ok. O que falta em um show do Kiss ? Nada senhores, absolutamente nada. São anos de estrada e uma experiência acumulada capaz de realizar um espetáculo onde nem se pensa em piscar pra não perder os detalhes.

  A teatralidade combina com a música e eu já disse aqui que uma boa banda é capaz de melhorar ainda mais a experiência ao vivo, do que em suas gravações de estúdio. Não basta só tocar melhor ao vivo, tem de fazer o público se tornar parte do espetáculo e Angus Young, guitarrista do AcDc, disse uma vez que música também foi feita para ser vista. Poucos dominam isso como o Kiss, que deram um espetáculo para os ouvidos e também para os olhos.

 
  A tour Monster traz as novidades lançadas pelo Kiss esse ano no disco de mesmo nome mas não se esquece dos grandes clássicos da banda. As novas músicas estão ótimas, mostrando um Rock maduro e pesado. Os momentos marcantes são os solos, as teatralidades individuais como a perfomance pirotécnica de Gene Simmons, o baixista apelidado de The Demon, entre outras coisas que os fãs de Kiss conhecem de cor. De resto o Kiss mantém seu Hard Rock badalado e cheio de energia que sempre conta com a participação entusiasmada da platéia.



Abaixo segue o Set List da apresentação em São Paulo, no Anhembi:

1- Detroit Rock City
2 - Shout It Out Loud
3 - Calling Dr. Love
4 - Hell or Hallelujah
5 - Wall of Sound
6 - Hotter Than Hell
7 - I Love It Loud
8 - Outta This World
9 - God of Thunder
10 - Psycho Circus
11 - War Machine
12 - Love Gun
13 - Black Diamond
14 - Lick It Up
15 - I Was Made for Loving You
16 - Rock n' Roll All Nite





quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Slash - Apocalyptic Love Tour & Edguy - 06/11/12



  Sim caras! Eu estive lá onde a lenda das guitarras do Guns n' Roses com seu time de pesos pesados tocou! E vou dizer pra vocês que a coisa pegou fogo!

  A abertura do show ficou por conta da banda alemã Edguy, liderada pelo criador do projeto Avantasia, Tobbias Sammet. Com seu metal um pouco mais rock n' roll, muito competente, o Edguy soube agradar todos e preparar a galera para encarar a estrela da noite, Slash e sua banda. Formada pelo vocalista do Alter Bridge, Myles Kennedy, o baixista Todd Kerns e o baterista Brent Fitz, é a mesma bando que participou da gravação do disco Apocalyptic Love, principal material da tour. A tour ainda contou com Frank Sidoris nas guitarras para acompanhar Slash.

  O show foi composto por músicas do novo disco, do disco solo de Slash, e de suas antigas bandas, o Guns n' Roses, o Velvet Revolver e o Slash's Snakepit. Nem preciso dizer que as músicas do Guns n' Roses eram as mais aguardadas pelos fãs.



  A performance da banda de Slash é inegável e todos os músicos são de grande talento. Os vocais agudos e potentes de Myles Kennedy preenchem o ambiente enquanto uma riqueza de riffs e solos são tocados pelos membros. É claro, a estrela Slash sempre rouba a cena com seu esbanjo de técnica mas ainda assim o público manifesta admiração por todo o conjunto.

  Os pontos altos sempre foram as músicas do Guns n' Roses, destacando "Civil War", que foi pedida pelo público e que Slash atendeu sem pensar. O punk rock de "You're Crazy" , o cover de "Dr. Alibi" e "Welcome to the Jungle" tiveram Todd Kerns no vocal, que apesar de animado não chega perto da performance de Myles, ainda assim, da um ar de inovação no show.



  As músicas novas de Slash não ficam nem um pouco pra trás do legado do Guns n' Roses, e músicas como "Anastasia", "You' re a Lie", a divertida "Back From Cali" e a belíssima "Starlight" arrancaram tanta admiração quanto as outras. Destaque para "Anastasia" que possui riffs e linhas de solo excepcionais, sendo uma das preferidas do próprio Slash.

  Pra todos os amantes de Guns n' Roses. Não temam! Slash ainda está na ativa, e sim, ele está tocando muito e está com um time barra pesada. Podemos esperar muitas coisas legais desses caras. Quem tiver a oportunidade de ve-los, não perca!
Set List

1 - Halo
2 - Nightrain (Guns n' Roses cover)
3 - Ghost
4 - Standing in the Sun
5 - Back From Cali
6 - Just Like Anything (Slash's Snakepit cover)
7 - Civil War (Guns n' Roses cover)
8 - Rocket Queen (Guns n' Roses cover)
9 - Shots Fired
10 - Far and Away
11 - Dr. Alibi 
12 - You're Crazy (Guns n' Roses cover)
13 - No More Heroes
14 - Starlight
15 - Blues Jam
16 - Anastasia
17 - You're a Lie
18 - Sweet Child o' Mine (Guns n' Roses cover)
19 - Slither (Velvet Revolver cover)
20 - Welcome to the Jungle (Guns n' Roses cover)
21 - Paradise City (Guns n' Roses cover)


sábado, 3 de novembro de 2012

Onde a Coruja Dorme (2012)






Gênero: Documentário
Título Original:  Onde a Coruja Dorme  (Brasil)
Ano: 2010
Estreia: 2 de novembro de 2012
Diretor: Simplício Neto, Márcia Derraik.
Roteiro:
Elenco:








Hoje a postagem tem uma pegada um pouco diferente. Estreou nessa sexta feira (02 de novembro) o documentário sobre Bezerra da Silva, mais precisamente sobre os compositores que estavam por trás das suas músicas.

Para começar preciso confessar que fui sem muitas esperanças quanto a ser agradado pelo longa. Não sendo um grande fã de documentários e não conhecendo tão bem o assunto simplesmente imaginava ter um período tedioso dentro de uma sala de cinema e depois escrever um pouquinho sobre essa experiência. Contrário aos meus pensamentos premeditados devo dizer que fui muito agradado pelo trabalho no documentário e agora falarei um pouquinho mais sobre a obra.


Onde a Coruja Dorme traz para o público algo que é desconhecido por muitos, o fato das canções mais conhecidas de Bezerra da Silva não serem de sua autoria e sim compostas por moradores dos morros cariocas e que nada de especial tem em seu cotidiano. Nesse grupo é possível achar um bombeiro, um carteiro, um camelô e muitos outros .

São exibidas várias entrevistas com esses compositores do povo, nas quais é possível espiar um pouco do cotidiano vivido por cada um, seja no seu trabalho ou simplesmente numa roda de samba acompanhada de uma caipirinha. Essa espontaneidade cativa muito o público e também deixa os protagonistas do documentário a vontade para falar sobre como surgem as suas músicas e também dizer o que é o malandro tão cantado por Bezerra.

Então para aqueles que admiram a obra de Bezerra da Silva ou simplesmente tem curiosidade de entender como surgiram suas músicas essa é uma boa oportunidade. Para aqueles que gostaram da sugestão podem dar uma olhada no trailer logo abaixo e também conferir o site  http://www.ondeacorujadorme.com.br/.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Possessão (2012)






Gênero: Terror
Título Original:  The Possession  (EUA)
Ano: 2012
Estreia: 2 de novembro de 2012
Diretor: Ole Bornedal
Roteiro: Juliet Snowden, Stiles White
Elenco: Jeffrey Dean Morgan, Kyra Sedgwick, Natasha Calis, Madison Davenport, Matisyahu.







Apesar de estarmos em uma ótima semana para estreias de filmes de terror (Halloween, Finados...enfim é sugestivo, não?) Essa semana contamos com poucos lançamentos, sendo dois filmes já lançados há algum tempo nos Estados Unidos e uma animação/comédia/terror do Tim Burton. Um dos filmes que é trazido para as telas essa semana é Possessão.

O filme começa apresentando uma senhora tentando destruir uma caixa de madeira velha com alguns entalhes, bem no estilo item amaldiçoado. Ao tentar se livrar da caixa a senhora sofre todo o tipo de ferimento e já podemos imaginar o porquê. Finalizado isso podemos resumir o foco da história, uma família recém despedaçada pelo divórcio dos pais vive a rotina tradicional de pós separação: As crianças moram com a mãe na velha casa, o pai as pega nos finais de semanas, algumas discussões sobre a mudança, falta de aceitação das crianças e assim vai...


Clyde (o pai) acaba por se mudar de um apartamento para um bairro afastado bem no estilo subúrbio planejado tradicional dos Estados Unidos e leva as crianças para conhecer a casa. Nesse período eles passam por uma venda de garagem e encontram a tal caixa que aparece antes e uma das filhas (Em) decide por levá-la.

Não precisa dizer que como todo filme de terror tradicional que é aí que a coisa começa a dar errado. A garota abre a caixa e acaba que existe uma entidade dentro da mesma que começa a possuir a menina pouco a pouco e daí em diante veremos os esforços do pai para evitar que a filha seja consumida pela criatura.

O filme é realmente algo tradicional e nada diferente do que já tenhamos visto em outros terrores, com uma trilha sonora bem adequada mas com uma edição que quebra um pouco a continuidade das cenas e o entrosamento durante o mesmo temos que dizer que o grande trunfo do filme é ter sido bem filmado e a qualidade dos efeitos, que lembram muito os utilizados em "Arraste-me para o Inferno" já que contamos como produtor Sam Raimi.

Então se procura um filme de terror para o feriado dê uma conferida em a Possessão, que apesar de não ser uma grande novidade do gênero, garante uma diversão e alguns sustos durante sua quase 1:30h de duração. Como vocês agora o trailer:




domingo, 28 de outubro de 2012

"Cheat the odds that made you...."

Album: Shake Your Money Maker (1990)
Artista: The Black Crowes ( Chris Robinson [Vocal], Rich Robinson [Guitarra], Jeff Cease [Guitarra], Jhonny Colt [Baixo], Steve Gorman [Bateria])
Gênero: Southern Rock
Gravadora: Def American
Track List:
1 - Twice as Hard  4:09
2 - Jealous Again  4:35
3 - Sister Luck  5:13
4 - Could I've Been So Blind  3:44
5 - Seeing Things  5:18
6 - Hard to Handle  3:08
7 - Thick n' Thin  2:44
8 - She Talks to Angels  5:29
9 - Struttin' Blues'  4:09
10 - Stare It Cold  5:13


  Estou de volta com o Black Crowes. Relembrando, o Black Crowes é uma banda de Southern Rock americana, um estilo de rock que destaca mais os elementos de blues e country, e os temas sulistas dos EUA.

  O disco Shake Your Money Maker é o disco de lançamento da banda, e o único que contou com a participação do guitarrista Jeff Cease. Embora careça da genialidade de seu sucessor (mencionado no link anterior), o disco mostra uma banda cheia de vontade e talento.

  O nome vem do blues de Elmore James, que a banda tocou durante muito tempo mas não entrou no disco. Ainda que não seja superior ao Southern Harmony, o disco é o mais vendido da carreira da banda, com 5 milhões de cópias vendidas. Ficou em quarto lugar na Billboard 200.


  O som do disco é típico do Southern Rock. Guitarras com riffs precisos e limpos, sem abuso de efeitos de distorção. O vocal de Chris é rouco e cheio de charme e as músicas são embaladas. Chega a ser dançante as vezes. Os solos de Rich são caprichosos e enérgicos, assim como seus riffs. As músicas de mais destaque são "She Talks to Angels" e "Hard to Handle", ambas alcançaram os primeiros lugares no Mainstream Rock Chart.  As duas primeiras faixas, "Twice as Hard" e "Jealous Again" também são bons exemplos do disco.

  O Rock proposto pelos Crowes é um exemplo de maturidade da música dos anos 90. A fusão de elementos jazzisticos e do blues com a energia do rock construiu um estilo que fugia das retóricas do até então popular Hard Rock e apresentou um rock mais independente de métricas, mais enfeitado e repleto de arranjos oriundos de outros campos da música americana e mundial (há exemplos de reggae em alguns casos). Outra banda que mostrou bem essa vertente foi o Guns n' Roses de 90, com o disco duplo Use Your Illusion.

  Um bom disco para quem curte coisas tipo Lynyrd Skynyrd, blues ou country. Um exemplo de talento do rock dos anos 90, antes da chegada do Grunge.


Segue um vídeo do DVD de São Francisco, da música Hard to Handle:


domingo, 21 de outubro de 2012

Festival Planeta Terra 2012 - 20/10/2012 - Jockey Club



  E ai galera, vim pra bater um papo com vocês sobre o Planeta Terra, festival principalmente de Indie Rock. Embora as diversas atrações, vou me limitar a comentar sobre as atrações que vi:

Madrid: A primeira banda que tive o prazer de ver foi o Madrid. Com voz e teclados, o Madrid tem um som envolvente com uma dose moderada de melancolia. Efeitos e sonoras linhas de teclado marcam as músicas que as vezes contam com acordes da guitarra da vocalista.

Mallu: A menina Mallu Magalhães evoluiu bastante desde seu príncipio. Com um som e temas mais maduros, a menina que agora merece ser chamada de moça mostra apego a música brasileira e mostrou seu potencial com o show do disco Pitanga. Embora alguns problemas técnicos prejudicaram a perfomance de Mallu, ela não se rendeu ao desespero e mesmo após derramar algumas lágrimas, manteve sua postura e agradou a todos no começo de tarde com um som gostoso e um sambinha de qualidade. 

Little Boots: Victoria Hesketh, a simpática loirinha vocal do grupo de eletropop que mandou um bom som disco para colocar a galera pra dançar debaixo da chuva.

Best Coast: Meus favoritos se cabe aqui um comentário particular (risos). O Best Coast é uma banda de Rock Californiano que fala sobre sol, praia, e temas descontraídos de romance e a vida ensolarada. Com riffs de guitarra gostosos, badalados e um vocal forte da vocalista Bethany Cosentino. 



The Maccabees: Banda de Rock britânico com gostosos riffs de guitarra e poderosas linhas de baixo. Músicas badaladas e toques sentimentais marcaram o show da banda que foi uma das que mais arrancaram aplausos e entusiasmo do público.

Suede: Banda com um som poderoso, com destaque para as boas guitarras e o vocal e performance charmosa do vocalista Brett Anderson. 

Garbage: Outra banda experiente e de talento inquestionável. A vocalista Shirley Manson conduziu um explosivo show e colocou toda a galera pra cima na noite. Um belo som com efeitos eletrônicos e boa harmonia entre os músicos. Banda muita simpática, houve um bélissimo discurso da vocalista encorajando as pessoas a se dedicarem a música, formarem bandas e viajar o mundo e curtir o melhor da vida.

Kings of Leon: Um dos grandes headliners da noite, junto ao Gossip. O Kings é uma banda cuja performance nunca deixa a desejar. Com riffs rapidos e potentes de guitarra, o peso do baixo e o beat frenético da bateria. O ponto alto da noite que concluiu com a bélissima execução da música Use Somebody

  

  O festival estava muito agradável. Facil de se locomover entre os dois palcos, muito pontual e boa qualidade do som. A chuva não deixou cair o animo do público e a tarde o sol deu o ar da graça bem durante o show do Best Coast. A falta do Kasabian foi sentida por alguns mas no fim a grande seleção de atrações supriu a falta da banda. 

Para set lists sugiro que visitem o site: http://www.setlist.fm/
Ótimo site para verificar set lists e sempre atualizado com celeridade. Me perdoem por não postar eu mesmo. 

E abaixo, fiquem com o Line up do festival. Sugiro a todos os amantes de Indie a comparecerem nas próximas edições:

Line Up
Banda Vencedora do Concurso "Som Para Todos"
Madrid
Banda Uó
Mallu
Little Boots
Best Coast
The Maccabees
Suede
Azealia Banks
Garbage
The Drums
Kings of Leon
Gossip

E para matar a curiosidade do que rolou por lá, fiquem com um clip da minha favorita Best Coast: 



domingo, 14 de outubro de 2012

I Get Hysterical...

Album: Hysteria (1987)
Artista: Def Leppard (Joe Elliot [Vocal], Steve Clark [Guitarra], Phil Collen [Guitarra], Rick Savage [Baixo], Rick "Thunder God" Allen [Bateria])
Gênero: Hard Rock
Gravadora: Island, Mercury
Track List:
1 - Women  5:41
2 - Rocket  6:37
3 - Animal  4:02
4 - Love Bites  5:46
5 - Pour Some Sugar on Me  4:25
6 - Armageddon It  5:21
7 - Gods of War  6:37
8 - Don't Shoot Shotgun  4:26
9 - Run Riot  4:39
10 - Hysteria  5:54
11 - Excitable  4:19
12 - Love and Affection  4:37

  O Def Leppard é uma banda de Hard Rock britânica que surgiu em 1977 em Sheffield, Inglaterra, como parte do NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal,) um movimento que surgiu no fim dos anos 70 como resposta ao declínio do punk e ao novo apego em New Wave. Este movimento nos deu bandas como Iron Maiden, Saxon e Diamond Head e sua proposta era um som cunhado no blues com entonação abaixada, elementos do punk, um beat acelerado e uma aproximação mais pesada da música. A banda é uma das mais bem sucedidas comercialmente e são uma entre as cinco únicas bandas de rock do mundo que chegaram a ter dois discos de studio com vendas superiores a dez milhões de cópias.


  Hysteria é o quarto album do Def Leppard e é um dos discos mais reconhecidos da história do Rock. Rendeu seis singles em sua época ("Love Bites", "Pour Some Sugar on Me", "Hysteria", "Armageddon It", "Animal" e "Rocket") e alcançou primeiro lugar em 3 charts nos 2 anos seguintes desde o lançamento (Billboard, US e Australia).

  O disco é resultado de um trabalho muito esforçado por parte da banda que passou por complicações durante este período. É possível dizer que Hysteria representa o auge da maturidade do som do Def Leppard. Recheado de baladas sonoras e refrões explosivos, as músicas se constroem dentro do esbanjo de riffs melódicos, da marcação forte da bateria  e do vocal agudo de Joe Elliot. É uma prova concreta de que o Hard Rock britânico rivalizava pesado com o americano, embora há de se concordar que os EUA nos deram bandas mais divertidas na questão de comportamento e visual (Motley Crue, Poison, Wasp) mas isso é assunto pra outra conversa.


  Hysteria da uma passeio por muitos gostos. A balada "Love Bites" irá ganhar os ouvidos dos mais românticos enquanto "Animal", música genial na minha opinião, é aquele tipo de balada animada. De resto, "Pour Some Sugar on Me" e "Rocket" são ótimas para ouvidos atrás de uma pegada mais pesada. Os temas não diferem muito do que o Hard Rock fala. Paixão por mulheres, diversão e prazer. Este é pra todos os amantes de um bom Rock n' Roll e que também gostam de algo bem animado.

  A seguir um exemplo do que há no disco, o clipe da música "Animal"



Curiosidade:

  Mencionei que a banda passou por algumas dificuldades durante o periodo de lançamento do disco. Uma dessas foi o acidente de carro de Rick Allen que o fez perder o braço esquerdo. Após isso, Allen pensou não ser mais capaz de tocar com a banda, mas seus companheiros lhe ofereceram apoio e com a ajuda de engenheiros de som desenvolveram um kit de bateria que atendesse as necessidades de Allen. Recuperado e com um novo estilo, as pancadas sonoras de Allen nos bumbos lhe renderam a eterna admiração dos fãs e o apelido de "Thunder God" (Deus do Trovão).

 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Entidade (2012)






Gênero: Terror
Título Original:  Sinister  (EUA)
Ano: 2012
Estreia: 12 de outubro de 2012
Diretor: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill
Elenco: Ethan Hawke, Juliet Rylance, Clare Foley, James Ransone








Como levar o público a se interessar por um filme de terror quando grande parte dos filmes é uma compilação do que já foi visto? Bem podemos dizer que alguns filmes acertam em cheio nessa fórmula trazendo algumas novidades como é o caso da série Atividade Paranormal que com uso da filmagem "amadora" aumenta o tom de realidade do filme e inclusive desencadeando muitos sucessores usando a mesma técnica. Em A Entidade podemos contemplar uma sobreposição entre cenas de filmagem "amadora" e o filme em si o que valoriza muito e já posso dizer o porquê logo abaixo, mas primeiro vamos a uma pequena introdução do filme.

O filme traz uma família se mudando para uma cidade do interior dos Estados Unidos (como sempre!). Mas existem pequenas peculiaridades nisso, o chefe da família Ellison Oswalt (Ethan Hawke) é um escritor que ganhou sucesso ao publicar um livro sobre um crime e acabar por desvendar o criminoso com sua obra. Isso o levou ao topo mas somente por uma vez, o que fez com que ele perseguisse cenas de crimes não desvendados para que consiga o mesmo efeito num possível próximo livro. A casa em questão foi cena de um brutal assassinato no qual foram encontrados mortos 4 membros da família enforcados na árvore do quintal. Pai, mãe e dois dos filhos mortos e uma filha desaparecida, o que é alvo da grande investigação de Ellison.

Já acostumado com essa rotina ele começa a arrumar sua mudança e acha no sótão da casa uma caixa com filmes antigos e uma reprodutora para esses filmes. Ao assistir os filmes percebe que os mesmos contem cenas de assassinatos que incluem o assassinato que está investigando. Nesse ponto a coisa fica séria, de certa forma existe algo sobrenatural nessas mortes e essa investigação só traz cada vez mais esse algo para próximo da sua família.

O grande ponto de valorização do uso das filmagens encontradas é o fato de causar uma perturbação pela maior aproximação da realidade. Misturado ao fato do filme se passar majoritariamente dentro da casa e durante a noite e claro com efeitos sonoros tradicionalmente encontrados em todos os filmes do gênero se torna um grande atrativo para quem gosta de ficar olhando para tela esperando quando vai ocorrer o próximo susto. E antes de deixar o trailer para que possam conferir, vale dizer que o maior trunfo de A Entidade é manter o clima pesado durante todo o filme do contrário que acontece com alguns longas que tem uma progressão para dar um gás no terror próximo do fim (como é visto em Não Tenha Medo do Escuro). Então aqui vai o trailer:


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Coração Louco (2009) e Trilha Sonora

  Hoje o post é um pouco diferente. O filme aqui compartilhado não seria o mesmo se não fosse por sua trilha sonora, por isso após a postagem do filme, há a postagem da trilha sonora. 

Gênero: Drama
Título Original: Crazy Heart (Eua)
Ano: 2009
Estréia: 5 de Março de 2010 (Brasil)
Diretor: Scott Cooper
Roteiro: Scott Cooper, Thomas Cobb
Elenco: Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal e Colin Farrell












 
  Crazy Heart, ou Coração Louco, é a história de Bad Blake, uma estrela country interpretado por Jeff Bridges. O velho Bad vive uma fase de decadência, sem grandes apresentações, longe de sua antiga glória, sobrevivendo do carinho de antigos fãs e de seu amigo empresário Jack. Alcoólatra e fumante, Bad tem uma péssima condição de saúde e parece mais um mendigo entregue a sorte, até que durante um show em  Santa Fé, ele conhece a sobrinha de um pianista que está cobrindo os shows de Bad na cidade. A menina interpretada por Maggie Gyllenhaal (Batman Begins, Batman The Dark Knight) é um repórter que tem paixão pela carreira de Bad Blake e gostaria de entrevistá-lo. De tal encontro nasce um amor em Bad pela repórter e seu filho Buddy, que faz Bad cultivar a vontade de ter sido um pai.

 
  Querendo ser uma pessoa melhor, Bad Blake decide aceitar trabalhar para seu antigo sideman Tommy Sweat (pra quem não é familiar com o termo, sideman é um músico que acompanha um artista independente em seus shows). Tommy, interpretado por Colin Farrell (vocês conhecem o Colin Farrell, podem apostar!), é um bem sucedido cantor country agora e tem por Blake um grande respeito e gostaria de salvar sua carreira, ou no mínimo ajudar o  mentor a se manter financeiramente. Blake passa então a abrir shows e compor música para Tommy.

 
  Um filme bonito, com uma boa fotografia e uma grande atuação da parte de Jeff Bridges, que lhe mereceu o Oscar de Melhor Ator. Maggie foi nomeada ao Oscar de Melhor Atris Coadjuvante. Mas não nos esqueçamos da trilha sonora.

Album da Trilha Sonora:

Album: Crazy Heart Original Soundtrack
Gênero: Country
Gravadora: New West Records
Track List:
1 - Hold on You (Jeff Bridges)  2:53
2 - Hello Trouble (Buck Owens)  1:52
3 - My Baby's Gone (The Louvin Brothers)  2:46
4 - Somebody Else (Jeff Bridges) 4:38
5 - I Don't Know (Ryan Bingham)  2:23
6 - Fallin' & Flyin' (Jeff Bridges)  3:02
7 - I Don't Know (Jeff Bridges)  2:15
8 - Once a Gambler (Lightnin' Hopkins)  4:55
9 - Are You Sure Hank Did It This Way ? (Waylon Jennings)  2:55
10 - Fallin' & Flyin' (Colin Farrell, Jeff Bridges)  2:42
11 - Gone, Gone, Gone (Colin Farrell)  2:39
12 - If I Needed You (Townes Van Zandt)  3:26
13 - Reflecting Light (Sam Phillips)  3:21
14 - Live Forever (Robert Duvall)  0:50
15 - Brand New Angel (Jeff Bridges)  3:48
16 - The Weary Kind (Tema do filme interpretado por Ryan Bingham)  4:18

Obs: Entre parênteses estão os nomes dos interpretes das músicas, dado que todos estiveram presentes em sua concepção.

  O disco contêm as músicas apresentadas ao longo do filme, tanto durante os shows dos personagens quanto a trilha sonora das cenas. As versões especiais do disco contêm alguns solos executados durante o filme, por exemplo um belíssimo solo de blues no piano, feito pelo tio da repórter.

  Trata-se de um country evocativo, de uma fineza clara. Com uma pegada antiga, com arranjos clássicos de country e uma desenvoltura cheia de feeling da parte vocal. Afinal quando se pode ver Jeff Bridges e Colin Farrell cantando ?

  Pode-se ver muito do blues aqui, afinal o próprio Bad Blake diz que "devemos tudo aos garotos Delta". Pode-se ver muito do que há no Rock n' Roll em canções como Somebody Else.

  Acho que a expressão máxima do disco está na última faixa, "The Weary Kind", vencedora do Oscar de Melhor Música Original.

  É isso ai pessoal, espero que goste deste dois temas country. Segue abaixo o trailer, nele mesmo pode-se ouvir um exemplo de som do disco.


 

domingo, 15 de julho de 2012

Na Estrada (2012)

Gênero: Drama
Título Original: On the Road (EUA)
Ano: 2012
Estréia: 13 de Julho
Diretor: Walter Salles
Roteiro: Jose Rivera
Elenco: Sam Riley, Kristen Stewart, Garret Hedlund











  Baseado na obra de inspiração da geração Beat, o livro Pé na Estrada de Jack Kerouac, o filme Na Estrada é uma obra cheia de sexo, drogas e reflexão. A história gira em torno da amizade entre Sal Paradise (Sam Riley), Dean Moriarty (Garret Hedlund) e Carlo Marx (Tom Sturridge), os laços que os prendem e os motivos que os movimentam.  Sal é um  escritor e está em busca de algo que o faça ter um epifania e encontrar as frases certas para seu livro. Dean é um aspirante a Bocage, vivendo de ópio, favores de mulheres e da desenvoltura de sua lábia. Carlo é um apaixonado, homossexual, que lamenta não ter seus sentimentos por Dean correspondidos de forma mais compromissada. Este trio irá te levar por uma viagem da costa leste até a costa oeste dos EUA, passando pela lendária Rota 66, onde eles irão se deparar com pessoas loucas, idéias soltas e muitas situações complicadas. 



  O filme é contato aos olhos de Sal Paradise, último a colocar o Pé na Estrada, que sai em busca de seus amigos, sobrevivendo de pequenos trabalhos, por exemplo coletor de algodão, ao longo da estrada. Conhecendo pessoas e compartilhando de suas visões, Sal vai escrevendo seus rascunhos e nos tornando íntimos de seus pensamentos e conclusões. O filme embora pareça parado, não se torna monótomo pois várias situações engraçadas envolvendo poucas roupas e muitas drogas e um jazz de altíssimo bom gosto vão ajudando a renovar os ânimos ao longo da aventura. Outro ponto a se dar a devida atenção é a atuação dos atores. Alice Braga, nossa querida brasileira, fez bonito como uma humilde porém caliente coletora de algodão. Sal, Dean e Carlo são todos loucos impossíveis de não se simpatizar. Viggo Mortensen (O Aragorn da Trilogia O Senhor dos Anéis), no papel de Old Bull Lee, também está hilário como um sábio hillbilly cheio de conselhos. Mas, na minha humilde opinião, os aplausos ficam pra menina Kristen Stewart (A Bela da Série Crepúsculo) que fez o papel de Marylou, uma das muitas amantes de Dean. Um papel difícil que exigia  muita atitude e conforto graças a cenas de nudez, sexo e danças extrovertidas.


  Por fim, a história nos comove com as complicações das mudanças que se passam nos personagens. O desapego de Carlo, a perdição de Dean e as reflexões de Sal, e os destinos de muitos personagens que irão te cativar durante essa viagem. Um filme que recomendo muito pra quem tem paixão pelas viagens e por conhecer novos lugares e pessoas, e queira acompanhar o jovem Sal em sua busca pelas páginas de seu livro.


  Segue abaixo um trailer para aqueles que quiserem ter uma prévia desta aventura:


quarta-feira, 4 de julho de 2012

"Hit the gas there ain't no brakes on this..."

Album: Lost Highway (2007)
Artista: Bon Jovi ( Jon Bon Jovi [Vocal], Ritchie Sambora [Guitarra], David Bryan  [Teclados], Tico Torres [Bateria] )
Gênero: Country Rock
Gravadora: Island Nashville
Track List:
1 - Lost Highway  4:13
2 - Summertime  3:17
3 - (You Want To) Make a Memory  4:36
4  - Whole Lot of Leavin'  4:16
5 - We Got it Going On  (feat. Big & Rich)  4:13
6 - Any Other Day  4:01
7 - Seat Next to You  4:21
8 - Everybody's Broken  4:11
9 - Till We Ain't Strangers Anymore  (feat. LeAnn Rimes)  4:43
10 - The Last Night  3:32
11 - One Step Closer  3:35
12 - I Love This Town  4:36

  As vezes deixamos as coisas de lado. Tem aquele objeto ou aquela lembrança que está lá, você não meche nela, não usa ela, mas também não consegue se desfazer dela. Fica lá e você fica olhando pra ela e lembrando como gostava daquilo. Assim fui eu com este blog, e de tanto olhar e re-olhar, e também de receber coragem e apoio vindo da minha linda namorada Cintia, que ficou me convencendo a voltar a escrever, decidi que é hora de voltar e deixar mais umas dicas aqui pra todos vocês. Então vamos lá!


  O Bon Jovi é uma banda vinda de Nova Jersey, que ganhou este nome por causa de uma brincadeira com o nome do vocalista John Francis Bongiovi. É formada pelo cantor já dito, pelo tecladista David Bryan (que possui uma cômica semelhança com o Ovelha aqui do Brasil), e pelos experientes Ritchie Sambora e Tico Torres. Ritchie era na época um guitarrista consagrado, sendo inclusive chamado para fazer testes para participar do Kiss. Já Tico era um virtuoso baterista que tocou para astros do Jazz, como o grande Chuck Berry. 


  

A banda lançou muitos hinos do rock, mas em 2005, com o disco Have a Nice Day, agora com um rock n' roll um pouco mais jovem, a banda se deparou com a curiosa situação de ter conseguido que uma faixa, a música "Who Says You Can't Go Home", atingisse o top dos charts country dos EUA. Tal conquista despertou na banda um interesse em enveredar pelos caminhos do country e fazer um album na mesma linha que a faixa premiada. Então, em 2007, produzido no paraíso da musica country, a cidade de Nashville, nasceu o disco Lost Highway.

 Não é que seja uma obra country, mas a intenção e os temas estão próximos. Acontece que a banda ainda não conseguiu se desapegar do costumeiro rock pop que vinha fazendo. Mesmo assim há arranjos de violino e guitarras slide, dando aquele ar country. De qualquer forma o disco é muito bom e animado. De uma pegada leve e fácil, o disco vai passeando por faixas animadas como a título "Lost Highway" que depois ganhou um clip e a bela "Summertime". Seguindo depois para algumas faixas mais românticas como "(You Want To) Make a Memory" e "Whole Lot of Leavin'", esta última, minha favorita do disco. Depois duas faixas deliciosas, "We Got it Going On" que foi feita junto a dupla country Big & Rich e que faz uma menção do aclamado discurso de Martin Luther King, e "Any Other Day", outra animada faixa. Deste ponto em diante, considero o disco um pouco cansativo. As faixas se tornam melosas e repetitivas, ausentes de novos arranjos e simples demais para criar muita paixão. As excessões são "Till We Ain't Strangers Anymore", uma linda balada romântica que contou com a presença da cantora LeAnn Rimes e "I Love This Town", um desfecho até que animado para o disco.

  Talvez a banda não tivesse realmente uma linguagem voltada para o country, ainda assim é um disco gostoso de se ouvir. No mínimo a própria banda se divertiu bastante com ele, pois fizeram um show do disco completo em Chicago, com uma temática de bar country, uma produção muito bacana. Sem falar que é bastante interessante ver uma banda que se gosta experimentando em outros estilos de música. Expero que gostem

 

 E para quem quiser ter uma idéia de como é, fica o clip da faixa título, "Lost Highway":



domingo, 13 de maio de 2012

"Sweet Electric Love Child"

Album: Tangled in Reins (1992)
Artista: Steelheart (Miljenko "Michael" Matijevic [Vocais], Chris Risola [Guitarras], Frank di Constanzo [Guitarras], John Fowler [Bateria] e James Ward [Baixo])
Gênero: Hard Rock
Gravadora: MCA Records
Track List:
1 - Loaded Mutha  5:43
2 - Sticky Side Up  4:32
3 - Electric Love Child  6:27
4 - Late for the Party  4:17
5 - All Your Love  6:53
6 - Love 'Em and I'm Gone  4:43
7 - Take me Back Home  4:43
8 - Steelheart  5:43
9 - Mama Don't You Cry  5:51
10 - Dancin' in the Fire  3:49

 Pessoas, há injustiça no mundo, e como a música faz parte do mundo, é uma verdade que há injustiça na música. O que explica sons de fineza serem deixados de lado enquanto trabalhos sem apego a qualquer nível de qualidade são vendidos e exaltados pela mídia moderna, eu sinceramente não sei dizer. O que eu posso dizer é que tem bandas que foram muito subestimadas ao longos dos anos. Se olhar a fundo nos bastidores do mundo da música, existiram promessas que poderiam ter realizado verdadeiras revoluções na história da música. O que explica isso então, de elas não terem vingado ? Talvez estivessem a frente de seu tempo, ou atrasadas ? Talvez o mundo não estivesse preparado para elas ? Enfim não é aqui que iremos discutir isso. Aqui iremos discutir o Steelheart.

  O Steelheart é uma banda de hard rock americana de Connecticut com um som bem característico, com as baladas românticas e o divertido clima do hard rock, pesado e animado. Outro grande destaque são os vocais e seus agudos impossíveis, feitos por Mike Matijevic. As guitarras também merecem comentários mas com os vocais de Mike a frente, cabe recordar que levou-se um tempo para elas receberem a devida atenção. A banda estourou no Japão, assim como várias outras na época, e em outras partes do continente asiático. Tiveram também singles entre as primeiras posições dos principais charts, mas com a invasão grunge, a banda ficou meio que deixada de lado.

 

  Mesmo fora do mainstream o Steelheart mostrou que não era brincadeira e lançou um disco memorável, Tangled in Reins, que trouxe uma concepção de hard rock não inovadora, mas mostrando a capacidade e a audácia do estilo em níveis altos. Neste disco, Mike alcançou suas notas mais altas na música "Steelheart" e mostrou a total extensão de seu vocal. Neste disco também, a banda lançou uma de suas maiores baladas "Mamma, Don't you Cry", um tremendo sucesso em Hong Kong e no Japão. Esse single rendeu ao grupo um MTV Unplugged em Hong Kong. Outras músicas notáveis do disco são "Sticky Side Up", "Loaded Mutha", "Electric Love Child" e "Everybody Loves Eileen" , tendo está última um clip.

  Infelizmente um triste acidente envolvendo uma estrutura insegura de palco feriu gravemente Mike que ficou afastado por muito tempo dos palcos. Esse foi o fim do Steelheart em sua formação clássica. No futuro Mike voltaria com outros companheiros, mas com uma voz incompleta e com menos audácia. Ainda assim, o grupo lançou baladas conhecidas e "We All Die Young", fruto dessa época, foi escolhida para ser parte da trilha sonora do filme "Rock Star", com Mark Walhberg e Jennifer Anniston. Mike também foi convidado a fazer alguns vocais do filme.



  Esse disco mostra tudo que o Steelheart foi e poderia ter sido. Uma banda que foi subestimada quando estava em sua expressão máxima e que depois foi forçada a parar por um infeliz destino. Espero que gostem assim como gostei e vai ai um exemplo do que se pode encontrar neste disco:



terça-feira, 8 de maio de 2012

"Holy fire burns again, the magic circle is all around it"

Album: Ritual (2002)
Artista: Shaman (Andre Matos [Vocal], Luís Mariutti [Baixo], Hugo Mariutti [Guitarra] e Ricardo Confessori [Bateria])
Gênero: Heavy Metal
Gravadora: Universal Music
Track List:
1 - Ancient Winds  3:16
2 - Here I Am  5:56
3 - Distant Thunder  6:22
4 - For Tomorrow  6:47
5 - Time Will Come  5:32
6 - Over Your Head  6:37
7 - Fairy Tale  6:56
8 - Blind Spell  4:34
9 - Ritual  6:37
10 - Pride  4:11

 Ola pessoal, já tem um bom tempo que não dou as caras hein ? Quero pedir desculpas. Ultimamente estou passando por um desconforto físico e ficou um pouco caótico meu dia a dia, mas as coisas já estão se normalizando. Mas com esses acontecimentos, acabei por decidir que não postaria mais toda semana, mas quando tiver alguma idéia legal em mente. Espero que entendam. Para as 40 tantas pessoas que tem visitado as publicações um agradecimento, mesmo sem saber quem são a maioria, é por vocês que mantenho a vontade de continuar escrevendo.

 Voltando, estou aqui com um som brasileiro, um som de qualidade que mostra todo o potencial do heavy metal nacional. As vezes incompreendido, pois ja vi muitas críticas do tipo, "já que é brasileiro, porque não cantar em português ? ", mas isso é questão de estética. Você não vê muitos sambas em inglês, vê ? Bandas como Beirut ou o próprio Frank Sinatra se dispuseram a aprender nossa linguá para poder se aventurar pelas linhas do samba.


 O Shaman é uma banda do fim dos anos 90, formada por ex-músicos da banda Angra que queriam continuar trabalhando juntos. Nasceu como um projeto solto e acabou por se tornar forte para ser uma banda. O Shaman começou tocando sons do próprio Angra, mas depois enveredou em suas próprias idéias.

 O disco Ritual, primeiro disco do grupo, foi um estouro já de cara e mostrou que o Shaman estava preparado para ser uma das melhores bandas do Brasil e rivalizar internacionalmente com grandes nomes do Heavy Metal. O próprio Iron Maiden realizou uma tour européia com o Shaman como banda parceira.

O disco tem como tema vários religiões indígenas e shamanistas, e seus costumes. Shaman se refere a uma figura que enxerga a verdade e se comunica com a natureza. O som se constrói em cima de versos e linhas que remetem a figuras misticas, mas não perde nem um pouco do embalo do Heavy Metal. As músicas tem bases rápidas e contínuas, o que é visto em "Here I Am", "Distant Thunder" e "Blind Spell", mas também há as baladas românticas e melancólicas como "Fairy Tale", que é a música mais famosa do disco. Os arranjos orquestrados estão presentes, mas há também os arranjos de sons tribais e de costumes pagãos, para dar o clima.


Este disco é genial, uma das melhores obras produzidas no Brasil nos últimos tempos. Uma obra realmente única. Após este disco, o Shaman continuou e lançou mais um disco com esta formação (Andre, Luís, Hugo e Ricardo). Depois deste segundo disco os músicos se separaram e apenas Ricardo continuou. Dessa nova fase eu não tenho conhecimento, pois não acompanhei. Espero que gostem, segue ai o clip da música "Fairy Tale".