domingo, 18 de dezembro de 2011

"You´ll have to carry me back to where I belong!"

Album: Slash (2010)
Autor: Saul "Slash" Hudson" 
Gravadora: EMI
Gênero: Rock
Track List:
1 - Ghost (Com Ian Austbury e Izzy Stradlin)  3:34
2 - Crucify the Dead (Com Ozzy Osbourne)  4:04
3 - Beatiful Dangerous (Com Fergie)  4:41
4 - Back From Cali (Com Miles Kennedy)  3:35
5 - Promise (Com Chris Cornell)  4:41
6 - By the Sword (Com Andrew Stockdale)  4:50
7 - Gotten (Com Adam Levine)  5:05
8 - Doctor Alibi (Com Lemmy)  3:07
9 - Watch This (Com Dave Grohl e Duff Mckagan)  3:46
10 - I Hold On (Com Kid Rock)  4:10
11 - Nothing to Say (Com M. Shadows)  5:27
12 - Starlight (Com Miles Kennedy)  5:25
13 - Saint is a Sinner Too (Com Rocco DeLuca)  3:28
14 - We´re All Gonna Die (Com Iggy Pop)  4:30

 Pessoas esta é minha postagem este ano, nos próximos dois domingos estarei curtindo as festas de fim de ano. Quero já agradecer a todos que acompanharam o blog fielmente durante o ano e o tempo que eu e meu amigo temos escrito aqui. Quero agradecer também todos que tiveram curiosidade em ouvir o que postei aqui. Um feliz natal a todos e boas festas!

  Já falei de Slash aqui, e de sua parceria com o cantor Miles Kennedy, do Alter Bridge e mais um time de super estrelas. Pois bem, Slash desde a saída do Guns n´ Roses nunca esteve fora de atividade. Além de fazer participação em inúmeros trabalhos de vários grandes nomes da música e ter participado das bandas Slash´s Snakepit e Velvet Revolver. Em 2010 veio o resultado de todo o acúmulo dos trabalhos de Slash e o direito de um músico genial ter seu espaço próprio. O disco que leva o nome do guitarrista.


  Basta olhar as parcerias que acontecem em todas as faixas que acho que fica mais do que claro que este é um disco de peso sem medidas e talvez uma das maiores reuniões desda geração. Com presenças que vão desde Dave Grohl e Iggy Pop, até Fergie do Black Eyed Peas, e ainda três ex-companheiros de Guns n´ Roses de Slash: Duff Mckagan, Izzy Stradlin e Steve Adler.

  O disco em si não foge do elemento Rock n´ Roll pesado que Slash sempre propôs, mas cada um dos participantes deu sua cara as faixas. Este disco também foi o qual ficou conhecida a parceria de Slash com Miles Kennedy, que foi oficializada como a nova superbanda que recebeu o nome de "Made in Stock". O disco é moderno e bem arranjado com elementos técnicos e efeitos nos instrumentos. O album estreou em terceiro lugar na Billboard e foi muito bem criticado no mundo todo, saindo logo em seguida em tour. As faixas de maior destaque foram "Back from Cali", "Starlight" e "Beatiful Dangerous". Em geral o disco fala de coisas como fama, desilusão e esperança. "Ghost" é uma crítica ao Rock n´ Roll que está ficando apagado hoje em dia. "Crucify the Dead" é supostamente uma mensagem a Axl Rose, mas Slash nega. 

Este é minha última dica do ano pra vocês, espero que gostem.




domingo, 11 de dezembro de 2011

Das telinhas....para a música!

Autor
The Eminence Orchestra 



 Hoje vou me dar a liberdade de falar sobre algo diferente. Todos sabem que hoje em dia a indústria dos videogames não se resume mais apenas a uma de entretenimento. Hoje, os videogames cada vez mais vem ganhando um espaço cultural ao redor do mundo, com investimentos e idéias de nível. Foi-se o tempo onde jogos eram simplesmente saltar sobre buracos ou correr de monstrinhos. Universos místicos, personagens com histórias majestosas e enredos intrigantes formam os novos roteiros dos jogos. E a música não foi deixada de lado nesta empreitada. Muito pelo ao contrário, vários profissionais de renome do mundo musical estão sendo recrutados a cômpor os temas e as peças que fazem parte destes enredos. O sucesso e o crescimento da indústria dos videogames e de suas trilhas sonoras criou até mesmo categorias de premiações de renome assim com o Grammy, para reconhecer trilhas sonoras de destaque. 

O mesmo pode-se dizer das trilhas sonoras de animes japoneses. Estes são um item cultural dos japoneses, assim como as telenovelas estão para o México ou os seriados estão para os EUA. Os animes japoneses também não dispensam nem economizam com profissionais para cômpor linhas emocionantes de canções e temas para os episódios das séries.


Se aproveitando de toda esta popularidade e aceitação, uma orquestra teve a brilhante idéia de reunir músicos para tocar apenas temas de viodegame e animes. Essa é a Eminence Orchestra, formada em Sydney, na Australia, pelo virtuose violinista Hiroaki Yura e um grupo de amigos que gostaria de trazer a música clássica para a geração atual. A orquestra traz em seus repertórios temas e trilhas sonoras de jogos como Final Fantasy, Chrono Cross, Metal Gear e até mesmo Super Mari Bros., assim como temas de animes como Neon Genesis Evangelion, Death Note e Princess Monoke. 

Amada tanto por jovens e adultos, a orquestra possiu já espetáculos anuais definidos e excursiona por todo o mundo expondo novos repertórios. A orquestra também conta com gravações de discos e vídeos com as apresentações, onde sempre há a participação de algum dos compositores dos jogos ou animes. 

O estilo de música não foge do clássico. Muito pelo ao contrário, alguns desses temas trazem linhas da mais fina construção erudita. Outras tem um pézinho em sons um pouco mais populares ou novos, como alguns efeitos eletrônicos, na hora reproduzidos por violinos ou violão. Realmente algo muito entusiasmante de se ouvir.

Um som de finesa, que garanto ser capaz de agradar tanto os fãs de animes e jogos, que podem reviver as emoções destes, tanto quanto amantes de música clássica que podem reconhecer aqui o trabalho de grandes compositores da atualidade.


domingo, 4 de dezembro de 2011

"I really love you baby, but you put me through the fire "


Album: Is There Love in Space ? (2004)
Artista: Joe Satriani
Gravadora: Sony
Gênero: Rock
Track List:
1 - Gnaahh 3:33
2 - Up in Flames 4:33
3 - Hands in the Air 4:27
4 - Lifestyle 4:34
5 - Is There Love in Space ? 4:50
6 - If I Could Fly 6:31
7 - The Souls of Distortion 4:58
8 - Just Look Up 4:50
9 - I Like the Rain 4:00
10 - Searching 10:07
11 - Bamboo 5:45




Joseph Joe Satriani é um músico americano, multi-instrumentalista e virtuose da guitarra. Tendo várias premiações Grammy, começou a carreira como professor de guitarra, tendo ensinado grandes nomes como Kirk Hammet (Metallica) e o guitarrista Steve Vai, um
dos melhores do mundo. Tendo tocado com grandes nomes como Deep Purple e como guitarrista da tour solo de Mick Jagger dos Rolling Stones, hoje o guitarrista está participando do supergrupo Chicken Foot, junto a Sammy Haggar e Michael Anthony (ambos ex- Van Halen) e Chad Smith (Red Hot Chilli Peppers). Satriani também é o fundador do projeto G3, que reuni os 3 melhores guitarristas e sai em shows. A inspiração de Joe para a guitarra, veio da notícia da morte de Jimmi Hendrix, o que o fez desistir do futebol e seguir para a música.



Is There Love in Space ? é o décimo disco studio de Joe Satriani. Junto a Joe participaram os músicos Matt Bissonette no baixo e Jeff Campitelli na bateria. O título e a capa do album já devem dar a entender que tem um certo elemento de psicodelia aqui. Na verdade, Joe Satriani é um guitarrista que destaca bem o uso de distorções e garante que a guitarra não se torne apenas um instrumento repetitivo mas que na verdade reproduza diversas sonoridades e adicione melodias diferenciadas no som. O disco em si é a maior parte do tempo um Rock embalado, as vezes pesado, as vezes balada. Há duas músicas cantadas, "Lifestyle" e "I Like the Rain", ambas um rock n' roll badalado. O disco é bem harmonioso também. Embora resumido a guitarra, essa não dispensa de inúmeros arranjos para completar a harmonia. Há um tema romântico, "Just Look Up". Fora isso as músicas não fogem de uma linha.

Esse disco seria em especial para os guitarristas que querem buscar uma técnica mais versátil, mas não deixa de ser uma boa música para se curtir. Um disco um tanto agitado.


Curiosidade! Todos conhecem a novela na justiça entre Satriani e o Coldplay, onde ele acusa a banda de ter cometido um plagio na música "Viva la Vida" ? Então, a música que supostamente foi plagiada está neste disco e é a faixa 6, "If I Could Fly". Realmente o refrão de "If I Could Fly" lembra consideravelmente as linhas harmônicas da música do Coldplay. Fica ai pra vocês ouvirem e tirarem conclusões.

domingo, 27 de novembro de 2011

"Cuz' we find ourselves in the same old mess, singing..."


Album: Druken Lullabies (2002)
Artista: Flogging Molly ( Dave King [Vocais e Guitarra], Bridget Regan [Violino], Dennis Casey [Guitarra], Matt Hensley [Acordeon], Nathen Maxwell [Baixo], Bob Schmidt [Banjo], George Schwindt [Bateria] )
Gravadora: SideOne Dummy
Gênero: Rock Irlandês
Track List:
1 - Druken Lullabies 3:53
2 - What's Left of the Flag 3:38
3 - May the Living be Dead (in our Wake) 3:50
4 - If I Ever Leave This World Alive 3:21
5 - The Kilburn High Road 3:43
6 - Rebels of the Sacred Heart 5:11
7 - Swagger 2:05
8 - Cruel Mistress 2:57
9 - Death Valey Queen 4:18
10 - Another Bag of Bricks 3:45
11 - The Rare Ould Times 4:06
12 - The Son Never Shines (On Closed Doors) 4:24

Embora californiano, a banda Flogging Molly é um grupo de Rock Irlandês com sete integrantes formado na cidade de Los Angeles nos EUA. Formada pelo vocalista Dave King que participou de bandas de heavy metal e hard rock mas por fim desistiu deste tipo de som para formar um grupo que utiliza-se de instrumentos da cultura irlandesa para fazer música. A idéia deu certo e vários companheiros se uniram a King, tocando acordeon, violino, violas de arco, banjo, bandolin dentre outros instrumentos característicos do folk irlandês que depois recebeu uma pitada de rock.

A música irlandesa é repleta de arranjos nos instrumentos de cordas e os temas são a maior parte das vezes sobre patriotismo, a vida familiar e sobre bebedeiras (este último sendo inquestionavelmente o mais explorado e ao mesmo tempo o mais reconhecido). Cabe lembrar que foi deste tipo de sonoridade que nasceu as primeiras idéias que levaram ao country e posteriormente ao rock n' roll. Estes no princípio abusavam do fraseado frenético dos banjos irlandeses e da harmonia dos acordeons.



O Flogging Molly começou em pequenos pubs e teatros mas não tardou a conseguir seu espaço, o que de fato foi alcançado graças a idependência do grupo de nunca se submeter ao que era imposto pelas gravadoras e nunca fugir de sua idéia original. Druken Lullabies foi um dos primeiros discos com um orçamento e uma produção maior. Embora não tendo sido tão bem recebido pelo mainstream, marcou presença na Billboard e alcançou um disco de ouro. Contudo o disco serviu para mostrar para o que o Flogging Molly veio e com certeza foi o disco que definiu o público da banda.

Com uma sonoridade que vai desde um country bem caipira até alguns temas marcados por fraseados de punk, o disco é bem animado e com temas referentes a filhos errantes, amizade e bebedeira. A faixa título é bem pegajosa, com um refrão que é quase um hino do grupo. "What's Left of the Frag" é meio que um apelo patriota e "If I Ever Leave This World Alive" é uma linda e animada canção de amizade e amor. Outra faixa com destaque é "Swagger".

Realmente um som incomum. Embora com elementos pop, há muitos diferenciais na forma de solos de banjo, violino e acordeon. Sem sombras de dúvida um som que deve se ouvir dado a positividade e o boa atuação. Espero que curtam.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Aerosmith - Back on the Road Tour - 30/10/11







Com um pouco de atraso estou aqui para falar sobre o show do Aerosmith aqui no Brasil mês passado. Aerosmith, os "Bad Boys de Boston" são a maior banda de rock dos EUA. Com um hard rock baseado no blues, a banda surgiu em Boston, Massachusets, em 1970, detendo o maior número de discos com certificações de ouro e multi-platina dos EUA, 21 músicas que ja passaram pelo top 40 da Billboard e 9 músicas que estiveram no topo do Hot Mainstream Rock Tracks, 4 grammys e 10 MTV Video Music Awards.

Formada pelo genial e escandaloso vocalista Steve Tyler, Joe Perry e Brad Whitford nas guitarras, Joey Kramer na bateria e Tom Hamilton no baixo o Aerosmith tocou na Arena Anhembi no dia 30 de Out. para um público de cerca de 35 mil pessoas. A chuva se estendeu por toda a tarde mas não atrapalhou na armação do palco que embora simples, apresentava telões e aparelhos de nível. O local começou a encher tarde, e por volta das 6 da tarde ainda havia muitas pessoas por chegar. Não houve banda de abertura e o show estava marcado para as 8 da noite, e começou de certa forma bem pontual, com apenas 10 minutos de atraso. Logo de cara os telões mostraram seu brilho. Com uma palheta de cores versátil e várias animações as vezes cómicas, as vezes belas, a banda subiu ao palco com um Steve Tyler jovial e estremamente disposto, mesmo após ter se acidentado no Paraguai e ter ferido o rosto.




A energia foi revigorada e todos estavam animadíssimos com o show que teve início com "Draw the Line" , onde o público se divertia hora cantando as letras, hora entoando os riffs de Perry com a voz. E por falar em Joe Perry, este garantiu que a atenção não seria exclusiva de Tyler. Com guitarras cheias de improviso e pose, além de um figurino elegante e mais tranquilo, diferente das peruices de Tyler, Joe se mostrou igualmente animado e eletrizante, assim como todos os outros membros que tiveram cada um seu momento de brilhar.



Joey Kramer fez um ousado solo de bateria onde foi levado ao centro do palco e esbanjou talento, finalizando jogando as baquetas para o alto e tocando com as mãos e cabeça. Tom Hamilton também fez vários grooves com seu baixo. E Tyler se aproveitava para fazer batuques na bateria de Kramer ou dançar junto a Hamilton.

O set list variou de músicas que vinham dos primeiros discos, como "Mama Kin" e "Love in an Elevator", até músicas mais atuais como "I Don't Want to Miss a Thing", que mexeu com a emoção do público dado ser uma música bem popular do grupo por ter sido usada de trilha sonóra no filme Armagedon de Bruce Willis, Ben Afleck e uma das filhas de Tyler, Liv Tyler. Foi uma noite de clássicos, que nos trouxe também "Livin' on the Edge", "Rag Doll", "Sweet Emotion", "Walk This Way" e o climax em "Dream On", que foi a mais exaltada da noite. A surpresa ficou para o fim, quando a banda atendeu o pedido da fila da frente e tocou a famosa "Angel", sem ensaio e sem preparação, o que por si só já um fato impressionante, e ainda houve o acréscimo de um solo improvisado de Perry além do solo comum da música.




Um show inesquecível, com uma performance emocionante mostrando músicos de talento e conforto com a estrada. Levaria horas para comentar cada música alem do fato de cada uma merecer um post único. Acho que todos concordarão após ver o Set List que segue adiante:

1 - Draw the Line
2 - Same Old Song and Dance
3 - Mama Kin
4 - Janie's Got a Gun
5 - Livin' on the Edge
6 - Rag Doll
7 - Amazing
8 - What it Takes
9 - Last Child
10 - Combination
11 - I Don't Want to Miss a Thing
12 - Cryin'
13 - Sweet Emotion

Encore:

15 - Dream On
16 - Love in an Elevator
17 - Walk This Way
18 - Angel
19 - Train Kept a Rollin'



domingo, 20 de novembro de 2011

"All I Hear is..."


Album: Extreme II: Pornograffitti (1990)
Artista: Extreme (Gary Cherone [Vocais], Nuno Bettencourt [Guitarras], Pat Badger [Baixos] e Paul Geary [Baterista])
Gravadora: A&M Records
Gênero: Hard Rock
Track List:
1 - Decadence Dance 6:49
2 - Lil' Jack Horny 4:51
3 - When I'm President 4:21
4 - Get the Funk Out 4:24
5 - More Than Words 5:34
6 - Money (In God We Trust) 4:11
7 - It ('s a Monster) 4:24
8 - Pornograffitti 6:15
9 - When I First Kissed You 4:00
10 - Suzie (Wants Her All Day What ? ) 3:38
11 - He-Man Woman Hater 6:20
12 - Song For Love 5:55
13 - Hole Hearted 3:39


O Extreme é uma banda americana de rock de Boston, Massachussets, formada na década de 80. O grande diferencial do Extreme contudo foi nunca ter se encaixado fielmente a um estilo fixo do Rock n' Roll. Por vezes a banda passeava pelo Hard Rock, fraseava pelo Heavy Metal, gingava pelo funk mas no fim sempre manteve um pézinho a mais no Hard Rock. A banda não foi muito reconhecida logo de cara mas o primeiro disco que recebeu o nome da banda destacou o vocal potente de Gary Cherone e a guitarra desenfreada de Nuno Bettencourt e não tardaria para a banda receber a notoriedade que merecia. Seus primeiros grandes shows foi como banda de abertura para o Aerosmith. E em 1992 a banda fez uma apresentação marcante no Rio de Janeiro, no Hollywood Rock.

O guitarrista Nuno Bettencourt, português, se tornou um ícone na época e considerado o substituto de Eddie Van Halen, o qual era uma grande influência para o músico. Na década de 90, Nuno Bettencourt ganhou todos os prêmios mais importantes da indústria da guitarra e chegou a ser premiado em todas as categorias que concorreu no Guitar For Practicing Musician Readers Poll. Ganhou outros prêmios marcantes como o Top of Rock, e o prêmio de melhor solo do ano para a performance própria "Flight of the Wounded Bumblebee". Gary e Nuno chegaram a tocar uma versão de "Love of my Life" do Queen, em 1992, no estádio de Wembley para 70 mil em homenagem a Freddie Mercury. Na época Nuno era considerado superior aos gigantes da época como Steve Vai, Satriani, Brian May, Slash e Eric Clapton, sendo que todos estes aplaudiram o guitarrista e fizeram parcerias músicais junto a ele. A marca de guitarra Washburn lançou a linha signature N4 de Nuno.


Pornograffitti é o segundo disco do grupo e o marco definitivo que colocou a banda na fama. Com um clima bem badalado e cheio de funkeados e rocks pesados, o disco colocou a banda em rádios por todo o mundo. Os singles "More Than Words" (o mais famoso do grupo) e "Hole Hearted" não tardaram a tomar as primeiras posições dos charts da Billboard no EUA, na Holanda e em Israel. Ha também os rocks agitados como "Decadence Dance", "Lil' Jack Horny" e "It ('s a Monster)". A banda não poupava arranjos diferentes, como instrumentos de sopro e diferentes tipos de fraseados de guitarra como pode ser visto em "Get the Funk Out" e "Pornograffitti" sendo esta última prova definitiva do talento monstruoso de Nuno. Outra faixa curiosa é "When I First Kissed You", uma balada romântica que tem como cenário Nova York, ao som do piano e dos metais, cantada por um Gary que mais parecia um aspirante a Frank Sinatra, o qual inclusive é citado na letra da música.

Um disco fenomenal mostrando uma maturidade precoce de uma banda recém sucedida que foi capaz de reunir tantos elementos a um rock tradicional e de bom gosto. Curtam pra valer pois esse é uma obra prima do rock dos anos 90.


Curiosidades. O Extreme embora muito bem sucedido, não foi capaz de segurar os músicos por muito tempo e em 1996 eles se separaram. Contudo, a genialidade de todos era evidente e não tardou para que todos se destacassem no cenário musical. Gary Cherone foi chamado para ser vocalista do Van Halen, substituindo Sammy Haggar. Paul Geary se tornou produtor da banda de peso, Godsmack. Nuno Bettencourt gravou o disco solo Schizophonic que o colocou no mesmo patamar de Steve Vai e Yangwie Malmsteen. Atualmente porém, os músicos sentiram falta da criatividade e do introsamento que tinham no Extreme e resolveram trazer de volta o grupo com o disco Saudades de Rock (titulo escolhido por Nuno). Embora longe de glórias passadas, a banda ainda é celebrada e aplaudida como gigantes do rock por todo o mundo.


sábado, 12 de novembro de 2011

" Like Black Witches at their Masses "


Album: Paranoid (1970)
Artista: Black Sabbath ( Ozzy Osbourne [Vocais], Tonny Iommi [Guitarra], Geezer Butler [Baixo] e Bill Ward [Bateria] )
Gravadora: Vertigo
Gênero: Heavy Metal
Track List:
1 - War Pigs 7:58
2 - Paranoid 2:54
3 - Planet Caravan 4:34
4 - Iron Man 5:57
5 - Electric Funeral 4:53
6 - Hand of Doom 7:08
7 - Rat Salad 2:31
8 - Fairies Wear Boots 6:13





Formada em Aston, Birmingham na Inglaterra em 1968, o Black Sabbath é uma das bandas mais aclamadas da história, sendo os padrinhos do que viria a se tornar o Heavy Metal, e também uma das bandas mais loucas com histórias e mais histórias impressionantes envolvendo o carismático Ozzy Osbourne quase sempre como personagem principal.

Com uma performance obscura, a banda apela para os intervalos em terça menor para criar um clima sinistro e amedrontador. O próprio nome da banda vem de uma filme de terror. A idéia é de que os músicos se depararam uma vez com uma fila enorme no cinema para um filme de terror e se indagaram do porque das pessoas gostarem de serem assustadas e se sentirem com medo. Então pensaram se isso funcionaria para a música e eis o Black Sabbath, com seus temas envolvendo bruxaria, drogas, guerras e por ai vai.


Embora tendo sofrido várias modificações de pessoal ao longo dos anos, a banda nunca perdeu sua posição e foi considerada pela MTV como o "Maior grupo de Heavy Metal da história".



O quatro vezes disco de platina Paranoid, é talvez a obra mais reconhecida do grupo. Cheio de clássicos e mostrando toda a vontade do grupo de se destacar, o album é recheado de grandes sucessos da banda.

Abrindo com a virtuosa "War Pigs" que traz um clima pesado de questionamento das guerras, o album segue esta linha pesada com a mais badalada "Paranoid", o maior sucesso da banda. O talento de Tonny Iommy de fazer riffs pesados e de destaque não diminui, muito pelo ao contrário se mostra ainda maior nas faixas "Iron Man" e "Electric Funeral".

Por último, as faixas mais curiosas são "Rat Salad" e "Fairies Wear Boots". A primeira por ser um instrumental e a segunda por ser uma música a qual os músicos deixaram bem claro não fazerem a mínima idéia sobre o que fala e se isso faz sentido ou não.

Um dos precursores do Heavy Metal e um dos melhores discos do gênero da história. Curtam!


Uma curiosidade. Recentemente, no dia 11/11/11 a banda anunciou algo que acredito que mecheu com todos no mundo que nutrem um carinho forte pelo som do Black Sabbath. Após a morte por cancer do lendário Ronnie James Dio, que era até então o atual vocalista da banda, todos pensaram que este era o fim do Black Sabbath. Contudo os músicos se reuniram com Ozzy e o Black Sabbath anunciou sua volta com um disco novo para 2012 e uma nova tour! Um acontecimento marcante no cenário musical atual e que traz grande expectativa para vermos os vovôs do Heavy Metal em toda sua glória novamente.



domingo, 6 de novembro de 2011

Please Welcome On the Stage...



Album: Slash Ft. Myles Kennedy (2010)
Artista: Slash (Guitarras [Ex-Guns n' Roses e Velvet Revolver]) e Myles Kennedy (Vocais [Alter Bridge])
Gravadora: EMI
Gênero: Hard Rock
Local do Show: Melbourne, Australia
Track List:
1 - Ghost 4:35
2 - Mean Bone 4:05
3 - Nighttrain 5:12
4 - Sucker Train Blues 5:49
5 - Back From Cali 4:23
6 - Beggars & Hangers-On 6:44
7 - Civil War 8:33
8 - Rocket Queen 6:15
9 - Fall to Pieces 4:57
10 - Dirty Little Thing 4:05
11 - Nothing to Say 7:10
12 - Starlight 6:05
13 - Watch This 4:04
14 - Guitar Solo, Godfather Theme 11:52
15 - Sweet Child O' Mine 6:34
16 - Rise Today 4:32
17 - Slither 8:48
18 - By the Sword 6:19
19 - Paradise City 9:24

Um, é o lendário guitarrista da época de ouro do Guns n' Roses, idolatrado e considerado por muitos (e talvez seja mesmo) o melhor guitarrista da geração atual. Saul "Slash" Hudson após deixar de vez o Guns n' Roses, se aventurou com bandas como Velvet Revolver e desenvolveu vários trabalhos e projetos junto a grandes nome da música internacional. Sem nunca ter deixado o topo do cenário musical, o guitarrista hoje em dia vive na estrada com gigantes, tendo participado em shows de bandas como Ac/Dc e Ozzy Osbourne.



O outro é o vocalista da banda de rock, Alter Bridge. Myles Richard Kennedy é um vocalista e guitarrista, que se estabeleceu como professor de guitarra e depois foi chamado a participar de bandas como o Cosmic Dust e o The Mayfield Four, e trabalhos, incluindo uma participação com membros do Led Zeppelin.


Em 2010, Slash iniciou seu próprio projeto solo entitulado "Slash" e se pos em tour com Kennedy, e mais um time de super-estrelas do rock. A tour que se estende de 2010 até 2011 envolve um set com músicas da carreira de Slash e clássicos das bandas que Slash passou, inclusive clássicos do Guns n' Roses.

O jeito descolado de tocar de Slash, com uma dinâmica envolvente e um fraseado pesado mais ao mesmo tempo funkeado é um prato cheio para o vocal bem rock n' roll e original de Kennedy. E o rock n' roll que é feito aqui é dos mais finos, começando com as embaladas "Ghost" e "Mean Bone". Após isso Kennedy convida a galera a dar uma passeada pelos clássicos do Guns com a pancada "Nightrain", já deixando muito bem claro que nunca precisou, nem nunca precisará imitar Axl Rose nenhum. Kennedy também da um show em "Civil War" (mesmo carecendo da habilidade do assubio) e entre outros hits do Guns como "Rocket Queen", "Sweet Child O' Mine" e "Paradise City".

Slash também deixa claro que seu sucesso não se basea só no que ele trouxe de espólios do Guns n' Roses. Com um som muito original e cheio de virtuosidade as faixas solo de Slash são outro atrativo desde fascinante Ao Vivo. "Sucker Train Blues" (um blues bem sujo), "Back From Cali" e "Dirty Little Thing" (com um pé no punk) são exemplos das mais pesadas e rock n' roll do trabalho do guitarrista. Há também boas baladas como "Starlight".

Um das melhores coisas que ouvi esse ano, e um exemplo de rock n' roll. Uma união que criou um som dos mais respeitosos da atualidade.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Se Beber não Case Parte 2 (2011)




Gênero: Comédia
Título Original:  The Hangover Part II  (EUA)
Ano: 2011
Estreia: 26 de maio de 2011
Diretor: Todd Phillips
Roteiro: Todd Phillips, Craig Mazin, Scott Armstrong
Elenco:Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha, Ken Jeong, Mike Tyson.








Não é todo mundo que tem uma história na qual saiu com alguns amigos para curtir, rodou por uma cidade desconhecida e com atividade noturna intensa, além de não ter parado por nenhum momento até cair em algum canto qualquer e acordar com uma ressaca tremenda e sem lembrar de boa parte do que aconteceu. Bem...esses caras não tem somente uma dessas, mas agora duas noitadas insanas.

Para aqueles que viram a primeira parte a premissa é bem parecida. E para aqueles que nunca assistiram, eu aconselho parar aqui e caçar Se Beber não Case e curtir todas as surpresas e cenas que consagraram o filme como a melhor comédia do seu ano de lançamento (claro...essa é uma análise minha). Agora que chegamos até aqui, o interessante é saber o que pode-se esperar da nova história.


Alguns anos se passaram e Stu está prestes a se casar, não com aquela prostituta de Las Vegas e sim um novo relacionamento que parece realmente que vai dar certo. Phil e Doug marcam presença na lista de convidados, mas Alan, cunhado de Doug está fora por motivos um tanto quanto óbvios. Pressionado pelo estado emocional de Alan, Doug convence Stu de convidá-lo e o bando está de volta a ativa.

O que temos de mudança nessa fase é a presença de Teddy o futuro cunhado de Stu, ao invés de um casamento nos Estados Unidos com a tradicional despedida de solteiro em Las Vegas, temos agora um casamento na Tailândia com Stu se recusando a ter uma despedida de solteiro e aceitando somente uma cerveja com marshmalows próximo do hotel.


Como esse filme não se trata de nenhum romance, temos logo após isso Stu, Phil e Alan jogados em Bancoc sem saber onde está Teddy e simplesmente sem imaginar como chegaram até ali. É nessa que começa a caçada do trio por Teddy e para que Stu chegue até seu casamento.

O filme é muito bom em vários aspectos, primeiro o fato de apesar de ter a mesma fórmula, não apresenta cenas extremamente repetitivas em relação à primeira parte, mas sim situações do mesmo nível de insanidade em um ambiente totalmente diferente de Las Vegas. Embora boas, as cenas não tem o elemento surpresa que a primeira parte proporciona. Meio que acostumamos com as doideras e não somos pegos por um sonoro "Puta que o pariu" depois de algumas cenas. Então assistam o trailer e confiram



domingo, 30 de outubro de 2011

Irmãos Orientais


Album: Yoshida Brothers I (2003)
Artista: Yoshida Brothers (Ryõichirõ Yoshida e Ken'ichi Yoshida [Shamisen])
Gravadora: Domo Records
Gênero: Folk Japonês (Tsugaru-Jamisen)
Track List:
1 - Tabidachi "Starting on a Journey" 2:35
2 - Hyakka Ryouran (Blooming) 3:47
3 - Madrugada 5:14
4 - Storm 4:23
5 - Namonaki Oka (A Hill With No Name) 3:20
6 - Tsugaru Jyangara Bushi 6:16
7 - Labyrinth (Modern Second Movement) 3:04
8 - Moyuru (Sprouting)
9 - Fukaki Umi no Kanata (Beyond the Deep Sea)
6:09



Nascidos em Noboribetsu em Hokkaido, os irmãos Yoshida estudaram o Shamisen desde jovens. Depois se especializaram desde 1989 no estilo Tsugaru-Shamsen, um estilo folk do norte do Japão.

O disco que leva o nome dos irmãos é o primeiro de um momento onde os irmão se abriram para os sons ocidentais, e envolveram em seu trabalho, uma presença maior de música popular. Com temas que variam desde o folk japonês, até jazz, samba, e até mesmo blues. Fora o Shamisen (aquele pequeno bandolim tocado por gueixas), os irmãos aderiram sintetisadores, baterias, guitarras e violões, dentre outros instrumentos.

As músicas mais curiosas do disco são "Madrugada" e "Storm". A primeira traz um ritmo brasileira, com batuques tipicos de carnaval, sendo também cheia de fraseados de Cool Jazz e Samba. A segunda é mais rápida, sendo meio techno com elementos de Rock. O disco inteiro traz arranjos de várias composições, mas a marca característica de todas as músicas são o dueto de de Shamisen dos irmãos que nos remete a maneira que Simon e Garfu
nkel tocavam.

Um som diferente e de muita virtuosidade, de uma cultura fantástica que é a japonesa. Confiram!



domingo, 23 de outubro de 2011

" Lately it occurs to me what a long, strange trip it's been... "



Album: American Beauty (1970)
Artista: The Grateful Dead ( Jerry Garcia [Guitarra], Bob Weir [Guitarra], Phil Lesh [Baixo], Bill Kreutzmann [Bateria] e Pigpen Mckernan [Teclado e Vocais] )
Gravadora: Warner Bros.
Gênero: Folk Rock
Track List:
1 - Box of Rain 5:18
2 - Friend of the Devil 3:24
3 - Sugar Magnolia 3:19
4 - Operator 2:25
5 - Candyman 6:14
6 - Ripple 4:09
7 - Brokedown Palace 4:09
8 - Till the Morning Comes 3:08
9 - Attics of My Life 5:12
10 - Truckin' 5:03


O The Grateful Dead é uma banda americana formada em 1965, na cidade de São Francisco, California, berço do movimento Hippie, o qual tomou o grupo como um representante de sua filosofia. Com um som único na época e um ecletismo notável que fundia Folk, com blues, com jazz e até mesmo gospel, a banda ficou conhecida como uma "Jam Band" (uma banda que realizava improvisos em palco, além de tocar suas músicas). O guitarrista do Patti Smith, Lenny Kaye, disse: "A música deles alcança níveis que a maioria dos outros grupos sequer sabiam da existência. "



Em 1970 veio um dos maiores sucessos do grupo, American Beauty. O curioso foi que este album foi produzido sem a presença da equipe de som original, pois estes estavam trabalhando para uma banda com a qual o Dead deveria se juntar para fazer um tour. American Beauty continua a explorar uma linha mais country que a banda estava experimentando na época, dando segmento ao trabalho do disco anterior Workingsman' Dead. Outra curiosidade é que a capa traz o escrito Beauty em forma de ambigrama, onde também pode se ler Reality.

A recepção do disco foi ótima, e ele ganhou rapidamente as rádios com as faixas "Box of Rain", "Sugar Magnolia" e "Friend of the Devil". Tambem ganhou os chartes da Billboard com o single "Truckin'" que é quase um hino da banda. Com um pegada bem tranquila, com acordes bem agradáveis, o disco é uma mistura de folk com country, na medida exata para criar um som empolgante e ao mesmo tempo emocionante. Sem mencionar as letras poéticas muito respeitadas. Outra música que merece destaque é "Attics of My Life"

Em 1970, se você gostasse de Rock mas não gostasse do Dead, você era taxado como louco. Um ótimo som para se dar um "viajada" nas idéias dos jovens americanos de 1970.


domingo, 16 de outubro de 2011

" Play me Some Mountain Music, Like Grandpa and Grandma Used to Play "


Album: 16 Biggest Hits (2007)
Autor: Alabama ( Jeff Cook [Guitarra, violino, teclados] , Tedd Gentry [Baixo], Randy Owen [Vocais] )
Gravadora: Legacy Recordings
Gênero: Country
Track List:
1 - Mountain Music 4:12
2 - Song of the South 3:11
3 - Love in the First Degree 3:19
4 - If You're Gonna Play in Texas (You Gotta Have a Fiddle in the Band) 3:23
5 - Born Country 3:18
6 - Feels so Right 3:36
7 - The Closer You Get 3:36
8 - She and I 5:17
9 - Fallin' Again 3:59
10 - Roll On (Eighteen Wheeler) 4:26
11 - Jukebox in the Mind 3:40
12 - Down Home 3:28
13 - I'm in a Hurry (And I Don't Know Why) 2:49
14 - Can't Keep a Good Man Down 3:39
15 - Southern Star 3:09
16 - High Cotton 3:00

O Alabama é uma banda country de 1969 da cidade de Fort Payne, no mesmo estado que da nome a banda. Em 1973 quando Randy Owen se graduou na Universidade Estadual de Jacksonville, a banda resolveu deixar as gigs de fim de semana e seus empregos diários para tentar a sorte na cidade grande e nos clubes musicais na Carolina do Sul. Foi o Alabama que surgiu com a proposta de grupos de Country ao invés de cantores solo ou duplas de irmãos ou coisa parecida. O sucesso de vários grupos de Country atuais nos EUA se deve a isso.

O Alabama manteve sucesso ao longo de toda sua carreira até 2005. Principalmente nos anos que vão de 1980 a 1997, a banda quase foi unanimê no Top Awards Country. A banda também ganhou um estrela na lendária Calçada da Fama de Hollywood em 1998.

A banda hoje em dia faz apenas shows para fans e turistas que visitam o Alabama. Porém ainda são aclamados e recebem inúmeras propostas para voltar. A banda ainda guarda um sonho de produzir um último disco (que talvez venha em 2012) e realizar um show de despedida em sua terra natal.


Desde que comecei a ouvir Country profundamente, o que faz mais ou menos uns 2 anos, me deparei com uma música com uma embalsamento histórico maravilhoso. Então você tem esses caras que tem seus trabalhos diários e suas famílias, e as vezes até mesmo pastores de igrejas locais, que resolveram cantar seu dia a dia nos fins de semana e através da música mostrar seu respeito e amor por sua terra. Isso aliado a um talento de gerações nos instrumentos de cordas criou um estilo de música que tem apenas um objetivo, o de ser uma música verdadeiramente sul americana.

Foi a Legacy Recordings que nos trouxe este disco que eu poderia chamar de um presente. Em 2007 a Legacy Recordings lançou coletâneos dos melhores hits de vários artistas consagrados dos EUA e o Alabama não passou nem um pouco despercebido pela gravadora.

16 Biggest Hits traz os singles de todos os tempos do Alabama, montando uma coletânea animada e ao mesmo tempo tocante. O som que vai desde o Country clássico até passagens pelo Rock Sulista e o Gospel, tem a adição a arranjos e instrumentos variados que vão surgindo ao longo do disco, feito vozes em um coro. Já de cara "Mountain Music" remete ao clima montanhês da região onde a banda foi criada, passando por faixas que vão contando os costumes e crenças countrys. Há também faixas mais cômicas, assim como "If You're Gonna Play in Texas..." e "Roll' On...". Não faltou também os singles românticos como "Love in the First Degree" e "She and I".

Um disco fascinante da cultura Country, com um instrumental virtuoso e letras que mais parecem contar belas histórias do sul dos EUA.



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Não Tenha Medo do Escuro (2011)





Gênero: Terror
Título Original: Don't Be Afraid of the Dark (EUA)
Ano: 2011
Estreia: 14 de outubro de 2011
Diretor: Troy Nixey
Roteiro: Guillermo Del Toro, Mark Johnson
Elenco: Guy Pearce, Katie Holmes, Bailee Madison









Acredito que não seja uma grande surpresa o fato das histórias de fadas como vistas nas histórias infantis não ser a única versão para esse ser. Pois bem, Guillermo Del Toro explora o lado sombrio dos contos de fadas nessa sua versão de Não Tenha Medo do Escuro. O longa original data de 1973 e foi feito para televisão, sendo que segundo o próprio Guillermo diz, um dos filmes que mais o aterrorizou na sua infância.

A história mostra Sally (Baille Madison), uma garota que acaba de ter sua guarda transferida para o pai Alex (Guy Pearce) em meio a um trabalho de restauração de uma antiga mansão em Rhode Island com a ajuda de sua nova namorada Kim (Katie Holmes). Em meio a isso a pequena garota se encontra deslocada por estar sendo abandonada pela mãe e tendo que lidar com a vida atarefada do pai e o fato do mesmo ter agora uma namorada.


Sally tenta passar seu tempo e se adaptar desvendando o casarão, o que a faz achar um antigo porão lacrado que era usado pelo antigo dono da casa, um desenhista naturalista chamado Blackwood, como estúdio pessoal. Nesse porão ela ouve vozes que querem ser libertadas e brincar com Sally. Inocentemente ela liberta as criaturas e começa o terror mesmo.

Agora uma pequena pausa para reflexão. Essa menina é louca, imagina você com 9 anos e dentro de um porão escuro vozes passam a te chamar e dizer que querem "brincar". Com essa imagem eu com certeza ia deixar essa galera falando lá e vazar fora, não há curiosidade suficiente para isso! Mas agora voltemos ao filme propriamente dito.


Livres, essas criaturas passam a aterrorizar a criança e tentam convencê-la a apagar as luzes e se juntar a elas. Sendo a única a perceber tanto a presença quanto o aspecto maligno desses novos amiguinhos, Sally tenta recorrer aos adultos e aí podemos reconhecer uma base dramática bem sólida para o filme. Alex ignora o fato de sua filha necessitar de um lugar confortável e receptivo para que a mudança pela qual ela passa seja mais suave e Kim se encontra numa fase difícil, na qual tem que se tornar praticamente a mãe de uma garota sem se sentir preparada, além disso, os esforços para a aproximação entre ela e Sally não acontece  bem.


O drama vivido pelos personagens ajuda a construir a história de forma que o terror presente no longa não é o único atrativo. Vemos as relações sofrerem mudanças ao longo das cenas e a intensidade disso se deve a boa atuação desse trio posto no centro da trama.


Não tenha medo do escuro é um filme no qual o terror se dá pelo conjunto da obra: trilha sonora marcante (e responsável pela maioria dos sustos), enredo bem trabalhado com o plano de fundo bem situado e uma mitologia sem enrolações, elenco bem elaborado para um terror, um bom trabalho do estreante Troy Nixey na direção e claro, a presença de criatura pequenas, feias macabras e que se esgueiram pelo escuro para realizar seus ataques. Confira o trailer e aproveite a presença desse filme nos cinemas a partir de hoje.





domingo, 9 de outubro de 2011

" Lipstick Junkie be Funky All He Want "




Album: I'm With You (2011)
Autor: Red Hot Chilli Peppers ( Anthony Kiedis [Vocais], Michael "Flea" Balzary [Baixo], Chad Smith [Bateria], Josh Klinghoffer [Guitarra]
Gravadora: Warner Bros. Records
Gênero: Funk Rock
Track List:
1 - Monarchy of Roses 4:12
2 - Factory of Faith 4:20
3 - Brendan's Death Song 5:38
4 - Ethiopia 3:50
5 - Annie Wants a Baby 3:40
6 - Look Around 3:28
7 - The Adventures of Rain Dance Maggie 4:42
8 - Did I Let You Know 4:21
9 - Goodbye Hooray 3:52
10 - Happiness Loves Company 3:33
11 - Police Station 5:35
12 - Even You Brutus ? 4:01
13 - Meet Me At the Corner 4:21
14 - Dance, Dance, Dance 3:45

O Red Hot Chilli Peppers é uma banda de Los Angeles, California, formada em 1983, por Anthony Kiedis, Flea, Jack Irons na bateria e o lendário guitarrista Hillel Slovak que em 1988 morreu de uma overdose de heroína o que fez com Irons deixa-se a banda. Formada atualmente pelos fundadores Anthony e Flea, Chad Smith na bateria e Josh na guitarra, o Red Hot é um grupo de funk rock, com uma pegada mais alternativa. Vencedor de 6 Grammys, o grupo tem 65 milhões de discos vendidos ao redor do mundo e é recordistas de hits no primeiro lugar do chart Alternative Songs. Em 2008 a banda recebeu uma estrela na calçada da fama.



Em 2011 o Red Hot traz seu novo disco de inéditas, I'm With You, após um longo hiato onde os músicos se dedicaram a estudo e a projetos paralelos. Ocorreu a saída do guitarrista de longa data, John Frusciante, e a entrada de Josh. O disco traz o Red Hot de uma forma mais madura em relação a seu último disco Stadium Arcadium. A banda explora ritmos e efeitos incomuns até então para o grupo, mas mantem a linha no funk e no R&B. A maior parte do disco traz sons animados e com bastante groove e mostra o resultado do estudo dos músicos. Arranjos novos para a banda, presença de pianos e uma bateria inconstante e cheia de apelos diferenciados. Com temas mais obscuros, falando de vida e morte e tocando em questões pessoais, a linha do album se desenvolve. "Did I Let You Know" toca na questão do compromisso social com o planeta, enquanto "Annie Wants a Baby" fala da infância de Anthony Kiedis, de seus problemas com a banda em algumas etapas e de um caso de apedrejamento. "Even You Brutus" foi a última música do disco, nascida de um improviso de Flea no piano. Outra curiosa faixa é "Police Station" , balada, de desenvolvimento lento e que fala da policia de Los Angeles na virada do século, acusando abusos de poder, racismo e uma afronta a cultura Hip Hop. Um disco repleto de novidades para os antigos fãns de Red Hot, e um som novo de bom grado para os novos fãns, mostrando uma banda que mantém o nome mas se recria dentro de sua criatividade e introsão.



E pra não esquecer de um dos fundadores da banda e genial guitarrista, um breve comentário sobre Hillel Slovak. Nascido em Israel, foi morar na California em 1967 onde conheceu Anthony e Flea, a quem Slovak ensinou a tocar contra-baixo. Assim como Anthony, com a fama Slovak desenvolveu vicio em drogas, principalmente em heroína. No dia 27 de Julho de 1988, Slovak foi encontrado morto em seu apartamento na California, por conta de uma overdose de heroínas. Algumas músicas do Red Hot são dedicadas a memória de Slovak, dentre elas "Under the Bridge". Um músico genial, tutor de um dos maiores baixistas dessa geração.


domingo, 2 de outubro de 2011

"Perhaps a little bit of..."

Album: Live Era: '87 - '93 (1999)
Autor: Guns n' Roses ( Axl Rose [Vocais e Piano], Slash [Guitarra], Izzy Stradlin [Guitarra], Gilby Clark [Guitarra], Duff Mckagan [Baixo], Matt Sorum [Bateria] Steve Adler [Bateria], Dizzy Reed [Teclados e Percussão]
Gravadora: Geffen
Gênero: Hard Rock
Track List:
Disco 1
1 - Nightrain 5:18
2 - Mr. Brownstone 5:42
3 - It's so Easy 3:28
4 - Welcome to the Jungle 5:08
5 - Dust n' Bones 5:05
6 - My Michelle 3:53
7 - You're Crazy 4:45
8 - Used to Love Her 4:17
9 - Patience 6:42
10 - It's Alright 3:07
11 - November Rain 12:29

Disco 2
1 - Out Ta Get Me 4:33
2 - Pretty Tied Up 5:25
3 - Yesterdays 3:52
4 - Move to the City 8:00
5 - You Could be Mine 6:02
6 - Rocket Queen 8:27
7 - Sweet Child o' Mine 7:25
8 - Knockin'on Heaven's Door 7:27
9 - Don't Cry 4:44
10 - Estranged 9:52
11 - Paradise City 7:21

O Guns n' Roses é um grupo de Los Angeles que teve o auge de sua popularidade no fim do anos 80 e começo da década de 90. Sendo umas das maiores bandas de Hard Rock da história, a popularidade do grupo os colocou no topo junto a bandas como Queen e Kiss. Formada por ex-intregrantes dos grupos Hollywood Rose e L.A. Guns (dae o nome Guns n' Roses) a banda liderada por Axl Rose teve um começo tenebroso, chegando ao extremo de vender instrumentos para poder voltar para a casa depois dos shows. A fama veio com o primeiro disco, o aclamadíssimo Appetite For Destruction, que chegou a disco de platina 17 vezes. Os varios conflitos de personalidade entre os integrantes levou a banda a trocar de formação inúmeras vezes, sendo que hoje em dia, dos originais restou apenas Axl Rose.



Em 1999, por iniciativa do baixista Duff, que ainda fazia parte das tomadas de decisão do grupo, e da vontade da gravadora Geffen, foi lançado uma compilação de gravações ao vivo do grupo, no apogeu da tour Use Your Illusion de 1992, momento de maior glória do grupo. Sendo considerado um dos melhores discos ao vivo já feito, foi o disco mais vendido do mundo nos anos de 2000 e 2001, com a marca de 22 milhões. Com performances de tirar o fôlego, Live Era traz o Guns n Roses na sua maior maturidade, tocando as músicas de seus 4 primeiros discos com precisão e arranjos cheios de cor e novidades. Sopros, teclados e percussões não foram dispensados, assim como backing vocals femininos e performances novas para as músicas.

Com uma seleção impecável que vai desde as pancadas "Nightrain", "Mr. Brownstone" e "Welcome to the Jungle", ate as baladas mais cativantes como "Sweet Child", "Don't Cry" e "November Rain", além de um cover do Black Sabbath, "It's Alright", sendo a faixa mais inesperada.
Ao longo do disco há músicas que são tocadas por Gilby Clark e Matt Sorum, que entrariam para substituir a sáida de Izzi Stradlin e Steve Adler. Live Era traz o Guns n Roses com suas incríveis performances ao vivo e te coloca na frente de uma das melhores bandas de Hard Rock da história.



Alguns comentários. Estou a algum tempo sem postagens pois estava para o Rio de Janeiro curtindo o Rock in Rio. Por conta da preocupação e organização da viagem acabei deixando o blog por um tempo. Voltando ao Rock in Rio, hoje teremos a noite o show do Guns n Roses. Longe da sua antiga glória, e mais longe ainda de sua formação original, o grupo ainda é venerado por vários viuvos que esperam ver aquele fervor de 1992 hoje a noite. Com o novo disco de inéditas, Chineses Democracy, que levou mais de 12 anos para ficar pronto, sendo o disco mais caro da história, o Guns vem com uma reputação a zelar. Aguardemos ansiosos pela noite. A partir de agora estou de volta todos os domingos.