terça-feira, 30 de outubro de 2012

Possessão (2012)






Gênero: Terror
Título Original:  The Possession  (EUA)
Ano: 2012
Estreia: 2 de novembro de 2012
Diretor: Ole Bornedal
Roteiro: Juliet Snowden, Stiles White
Elenco: Jeffrey Dean Morgan, Kyra Sedgwick, Natasha Calis, Madison Davenport, Matisyahu.







Apesar de estarmos em uma ótima semana para estreias de filmes de terror (Halloween, Finados...enfim é sugestivo, não?) Essa semana contamos com poucos lançamentos, sendo dois filmes já lançados há algum tempo nos Estados Unidos e uma animação/comédia/terror do Tim Burton. Um dos filmes que é trazido para as telas essa semana é Possessão.

O filme começa apresentando uma senhora tentando destruir uma caixa de madeira velha com alguns entalhes, bem no estilo item amaldiçoado. Ao tentar se livrar da caixa a senhora sofre todo o tipo de ferimento e já podemos imaginar o porquê. Finalizado isso podemos resumir o foco da história, uma família recém despedaçada pelo divórcio dos pais vive a rotina tradicional de pós separação: As crianças moram com a mãe na velha casa, o pai as pega nos finais de semanas, algumas discussões sobre a mudança, falta de aceitação das crianças e assim vai...


Clyde (o pai) acaba por se mudar de um apartamento para um bairro afastado bem no estilo subúrbio planejado tradicional dos Estados Unidos e leva as crianças para conhecer a casa. Nesse período eles passam por uma venda de garagem e encontram a tal caixa que aparece antes e uma das filhas (Em) decide por levá-la.

Não precisa dizer que como todo filme de terror tradicional que é aí que a coisa começa a dar errado. A garota abre a caixa e acaba que existe uma entidade dentro da mesma que começa a possuir a menina pouco a pouco e daí em diante veremos os esforços do pai para evitar que a filha seja consumida pela criatura.

O filme é realmente algo tradicional e nada diferente do que já tenhamos visto em outros terrores, com uma trilha sonora bem adequada mas com uma edição que quebra um pouco a continuidade das cenas e o entrosamento durante o mesmo temos que dizer que o grande trunfo do filme é ter sido bem filmado e a qualidade dos efeitos, que lembram muito os utilizados em "Arraste-me para o Inferno" já que contamos como produtor Sam Raimi.

Então se procura um filme de terror para o feriado dê uma conferida em a Possessão, que apesar de não ser uma grande novidade do gênero, garante uma diversão e alguns sustos durante sua quase 1:30h de duração. Como vocês agora o trailer:




domingo, 28 de outubro de 2012

"Cheat the odds that made you...."

Album: Shake Your Money Maker (1990)
Artista: The Black Crowes ( Chris Robinson [Vocal], Rich Robinson [Guitarra], Jeff Cease [Guitarra], Jhonny Colt [Baixo], Steve Gorman [Bateria])
Gênero: Southern Rock
Gravadora: Def American
Track List:
1 - Twice as Hard  4:09
2 - Jealous Again  4:35
3 - Sister Luck  5:13
4 - Could I've Been So Blind  3:44
5 - Seeing Things  5:18
6 - Hard to Handle  3:08
7 - Thick n' Thin  2:44
8 - She Talks to Angels  5:29
9 - Struttin' Blues'  4:09
10 - Stare It Cold  5:13


  Estou de volta com o Black Crowes. Relembrando, o Black Crowes é uma banda de Southern Rock americana, um estilo de rock que destaca mais os elementos de blues e country, e os temas sulistas dos EUA.

  O disco Shake Your Money Maker é o disco de lançamento da banda, e o único que contou com a participação do guitarrista Jeff Cease. Embora careça da genialidade de seu sucessor (mencionado no link anterior), o disco mostra uma banda cheia de vontade e talento.

  O nome vem do blues de Elmore James, que a banda tocou durante muito tempo mas não entrou no disco. Ainda que não seja superior ao Southern Harmony, o disco é o mais vendido da carreira da banda, com 5 milhões de cópias vendidas. Ficou em quarto lugar na Billboard 200.


  O som do disco é típico do Southern Rock. Guitarras com riffs precisos e limpos, sem abuso de efeitos de distorção. O vocal de Chris é rouco e cheio de charme e as músicas são embaladas. Chega a ser dançante as vezes. Os solos de Rich são caprichosos e enérgicos, assim como seus riffs. As músicas de mais destaque são "She Talks to Angels" e "Hard to Handle", ambas alcançaram os primeiros lugares no Mainstream Rock Chart.  As duas primeiras faixas, "Twice as Hard" e "Jealous Again" também são bons exemplos do disco.

  O Rock proposto pelos Crowes é um exemplo de maturidade da música dos anos 90. A fusão de elementos jazzisticos e do blues com a energia do rock construiu um estilo que fugia das retóricas do até então popular Hard Rock e apresentou um rock mais independente de métricas, mais enfeitado e repleto de arranjos oriundos de outros campos da música americana e mundial (há exemplos de reggae em alguns casos). Outra banda que mostrou bem essa vertente foi o Guns n' Roses de 90, com o disco duplo Use Your Illusion.

  Um bom disco para quem curte coisas tipo Lynyrd Skynyrd, blues ou country. Um exemplo de talento do rock dos anos 90, antes da chegada do Grunge.


Segue um vídeo do DVD de São Francisco, da música Hard to Handle:


domingo, 21 de outubro de 2012

Festival Planeta Terra 2012 - 20/10/2012 - Jockey Club



  E ai galera, vim pra bater um papo com vocês sobre o Planeta Terra, festival principalmente de Indie Rock. Embora as diversas atrações, vou me limitar a comentar sobre as atrações que vi:

Madrid: A primeira banda que tive o prazer de ver foi o Madrid. Com voz e teclados, o Madrid tem um som envolvente com uma dose moderada de melancolia. Efeitos e sonoras linhas de teclado marcam as músicas que as vezes contam com acordes da guitarra da vocalista.

Mallu: A menina Mallu Magalhães evoluiu bastante desde seu príncipio. Com um som e temas mais maduros, a menina que agora merece ser chamada de moça mostra apego a música brasileira e mostrou seu potencial com o show do disco Pitanga. Embora alguns problemas técnicos prejudicaram a perfomance de Mallu, ela não se rendeu ao desespero e mesmo após derramar algumas lágrimas, manteve sua postura e agradou a todos no começo de tarde com um som gostoso e um sambinha de qualidade. 

Little Boots: Victoria Hesketh, a simpática loirinha vocal do grupo de eletropop que mandou um bom som disco para colocar a galera pra dançar debaixo da chuva.

Best Coast: Meus favoritos se cabe aqui um comentário particular (risos). O Best Coast é uma banda de Rock Californiano que fala sobre sol, praia, e temas descontraídos de romance e a vida ensolarada. Com riffs de guitarra gostosos, badalados e um vocal forte da vocalista Bethany Cosentino. 



The Maccabees: Banda de Rock britânico com gostosos riffs de guitarra e poderosas linhas de baixo. Músicas badaladas e toques sentimentais marcaram o show da banda que foi uma das que mais arrancaram aplausos e entusiasmo do público.

Suede: Banda com um som poderoso, com destaque para as boas guitarras e o vocal e performance charmosa do vocalista Brett Anderson. 

Garbage: Outra banda experiente e de talento inquestionável. A vocalista Shirley Manson conduziu um explosivo show e colocou toda a galera pra cima na noite. Um belo som com efeitos eletrônicos e boa harmonia entre os músicos. Banda muita simpática, houve um bélissimo discurso da vocalista encorajando as pessoas a se dedicarem a música, formarem bandas e viajar o mundo e curtir o melhor da vida.

Kings of Leon: Um dos grandes headliners da noite, junto ao Gossip. O Kings é uma banda cuja performance nunca deixa a desejar. Com riffs rapidos e potentes de guitarra, o peso do baixo e o beat frenético da bateria. O ponto alto da noite que concluiu com a bélissima execução da música Use Somebody

  

  O festival estava muito agradável. Facil de se locomover entre os dois palcos, muito pontual e boa qualidade do som. A chuva não deixou cair o animo do público e a tarde o sol deu o ar da graça bem durante o show do Best Coast. A falta do Kasabian foi sentida por alguns mas no fim a grande seleção de atrações supriu a falta da banda. 

Para set lists sugiro que visitem o site: http://www.setlist.fm/
Ótimo site para verificar set lists e sempre atualizado com celeridade. Me perdoem por não postar eu mesmo. 

E abaixo, fiquem com o Line up do festival. Sugiro a todos os amantes de Indie a comparecerem nas próximas edições:

Line Up
Banda Vencedora do Concurso "Som Para Todos"
Madrid
Banda Uó
Mallu
Little Boots
Best Coast
The Maccabees
Suede
Azealia Banks
Garbage
The Drums
Kings of Leon
Gossip

E para matar a curiosidade do que rolou por lá, fiquem com um clip da minha favorita Best Coast: 



domingo, 14 de outubro de 2012

I Get Hysterical...

Album: Hysteria (1987)
Artista: Def Leppard (Joe Elliot [Vocal], Steve Clark [Guitarra], Phil Collen [Guitarra], Rick Savage [Baixo], Rick "Thunder God" Allen [Bateria])
Gênero: Hard Rock
Gravadora: Island, Mercury
Track List:
1 - Women  5:41
2 - Rocket  6:37
3 - Animal  4:02
4 - Love Bites  5:46
5 - Pour Some Sugar on Me  4:25
6 - Armageddon It  5:21
7 - Gods of War  6:37
8 - Don't Shoot Shotgun  4:26
9 - Run Riot  4:39
10 - Hysteria  5:54
11 - Excitable  4:19
12 - Love and Affection  4:37

  O Def Leppard é uma banda de Hard Rock britânica que surgiu em 1977 em Sheffield, Inglaterra, como parte do NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal,) um movimento que surgiu no fim dos anos 70 como resposta ao declínio do punk e ao novo apego em New Wave. Este movimento nos deu bandas como Iron Maiden, Saxon e Diamond Head e sua proposta era um som cunhado no blues com entonação abaixada, elementos do punk, um beat acelerado e uma aproximação mais pesada da música. A banda é uma das mais bem sucedidas comercialmente e são uma entre as cinco únicas bandas de rock do mundo que chegaram a ter dois discos de studio com vendas superiores a dez milhões de cópias.


  Hysteria é o quarto album do Def Leppard e é um dos discos mais reconhecidos da história do Rock. Rendeu seis singles em sua época ("Love Bites", "Pour Some Sugar on Me", "Hysteria", "Armageddon It", "Animal" e "Rocket") e alcançou primeiro lugar em 3 charts nos 2 anos seguintes desde o lançamento (Billboard, US e Australia).

  O disco é resultado de um trabalho muito esforçado por parte da banda que passou por complicações durante este período. É possível dizer que Hysteria representa o auge da maturidade do som do Def Leppard. Recheado de baladas sonoras e refrões explosivos, as músicas se constroem dentro do esbanjo de riffs melódicos, da marcação forte da bateria  e do vocal agudo de Joe Elliot. É uma prova concreta de que o Hard Rock britânico rivalizava pesado com o americano, embora há de se concordar que os EUA nos deram bandas mais divertidas na questão de comportamento e visual (Motley Crue, Poison, Wasp) mas isso é assunto pra outra conversa.


  Hysteria da uma passeio por muitos gostos. A balada "Love Bites" irá ganhar os ouvidos dos mais românticos enquanto "Animal", música genial na minha opinião, é aquele tipo de balada animada. De resto, "Pour Some Sugar on Me" e "Rocket" são ótimas para ouvidos atrás de uma pegada mais pesada. Os temas não diferem muito do que o Hard Rock fala. Paixão por mulheres, diversão e prazer. Este é pra todos os amantes de um bom Rock n' Roll e que também gostam de algo bem animado.

  A seguir um exemplo do que há no disco, o clipe da música "Animal"



Curiosidade:

  Mencionei que a banda passou por algumas dificuldades durante o periodo de lançamento do disco. Uma dessas foi o acidente de carro de Rick Allen que o fez perder o braço esquerdo. Após isso, Allen pensou não ser mais capaz de tocar com a banda, mas seus companheiros lhe ofereceram apoio e com a ajuda de engenheiros de som desenvolveram um kit de bateria que atendesse as necessidades de Allen. Recuperado e com um novo estilo, as pancadas sonoras de Allen nos bumbos lhe renderam a eterna admiração dos fãs e o apelido de "Thunder God" (Deus do Trovão).

 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Entidade (2012)






Gênero: Terror
Título Original:  Sinister  (EUA)
Ano: 2012
Estreia: 12 de outubro de 2012
Diretor: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill
Elenco: Ethan Hawke, Juliet Rylance, Clare Foley, James Ransone








Como levar o público a se interessar por um filme de terror quando grande parte dos filmes é uma compilação do que já foi visto? Bem podemos dizer que alguns filmes acertam em cheio nessa fórmula trazendo algumas novidades como é o caso da série Atividade Paranormal que com uso da filmagem "amadora" aumenta o tom de realidade do filme e inclusive desencadeando muitos sucessores usando a mesma técnica. Em A Entidade podemos contemplar uma sobreposição entre cenas de filmagem "amadora" e o filme em si o que valoriza muito e já posso dizer o porquê logo abaixo, mas primeiro vamos a uma pequena introdução do filme.

O filme traz uma família se mudando para uma cidade do interior dos Estados Unidos (como sempre!). Mas existem pequenas peculiaridades nisso, o chefe da família Ellison Oswalt (Ethan Hawke) é um escritor que ganhou sucesso ao publicar um livro sobre um crime e acabar por desvendar o criminoso com sua obra. Isso o levou ao topo mas somente por uma vez, o que fez com que ele perseguisse cenas de crimes não desvendados para que consiga o mesmo efeito num possível próximo livro. A casa em questão foi cena de um brutal assassinato no qual foram encontrados mortos 4 membros da família enforcados na árvore do quintal. Pai, mãe e dois dos filhos mortos e uma filha desaparecida, o que é alvo da grande investigação de Ellison.

Já acostumado com essa rotina ele começa a arrumar sua mudança e acha no sótão da casa uma caixa com filmes antigos e uma reprodutora para esses filmes. Ao assistir os filmes percebe que os mesmos contem cenas de assassinatos que incluem o assassinato que está investigando. Nesse ponto a coisa fica séria, de certa forma existe algo sobrenatural nessas mortes e essa investigação só traz cada vez mais esse algo para próximo da sua família.

O grande ponto de valorização do uso das filmagens encontradas é o fato de causar uma perturbação pela maior aproximação da realidade. Misturado ao fato do filme se passar majoritariamente dentro da casa e durante a noite e claro com efeitos sonoros tradicionalmente encontrados em todos os filmes do gênero se torna um grande atrativo para quem gosta de ficar olhando para tela esperando quando vai ocorrer o próximo susto. E antes de deixar o trailer para que possam conferir, vale dizer que o maior trunfo de A Entidade é manter o clima pesado durante todo o filme do contrário que acontece com alguns longas que tem uma progressão para dar um gás no terror próximo do fim (como é visto em Não Tenha Medo do Escuro). Então aqui vai o trailer: